Após descobrir que estava grávida, uma mulher decidiu se mudar do Reino Unido para a Espanha com o marido. A mudança aconteceu quando seu filho tinha apenas seis semanas. Inicialmente, havia certo receio sobre como seria viajar com um bebê tão pequeno, especialmente por causa de histórias negativas que ela havia ouvido. No entanto, a experiência no avião foi surpreendente. Os passageiros, em sua maioria espanhóis, receberam o bebê com sorrisos e palavras acolhedoras, e nem mesmo o seu filho nem outro bebê próximo choraram durante o voo.
A família se estabeleceu em Valência no início de 2025 e, desde então, a nova mãe tem sentido um forte senso de comunidade. Pequenas atitudes de estranhos, como oferecer para segurar o bebê enquanto ela tomava café ou ajudar a carregar o carrinho no metrô, a fizeram sentir que era bem-vinda naquele lugar.
A decisão de se mudar para a Espanha foi influenciada pelas visitas que a mulher havia feito ao país, onde percebeu um clima familiar muito diferente do que experimentava em Londres. Na capital britânica, a cultura parecia priorizar a vida confinado em casa, com mães que costumavam ficar em casa após o trabalho para cuidar dos filhos. Já em Valência, ela notou que os bebês são bem-vindos em restaurantes, eventos públicos e bares, refletindo uma aceitação da maternidade como parte da vida cotidiana.
A nova mãe também destacou como a cultura espanhola apoia tanto a maternidade quanto a individualidade. Ela se sentiu livre de qualquer culpa por sair à noite com amigos, deixando o filho em casa com o pai. Esse apoio cultural a ajudou a se sentir mais confiante em sua nova identidade como mãe. As preocupações sobre ser julgada por levar o filho para os lugares foram embora, e ela não se lembra de nenhuma situação negativa desde que se mudou para lá.
A receptividade dos espa nhóis foi evidente em diversas situações. Até um segurança sério no evento de coleta do cartão de residência sorriu ao ver o bebê. Outro exemplo foi quando a fotógrafa se dispôs a manter a loja aberta mais tempo para ajudar a tirar a foto do passaporte do bebê, entretendo-o até que conseguissem a imagem perfeita.
A nova mãe também se surpreendeu com o carinho que as pessoas demonstram por seu filho. Várias mulheres mais velhas pararam para admirá-lo e oferecer palavras gentis, o que fortaleceu sua sensação de pertencimento.
O sistema de saúde voltado para as crianças na Espanha também trouxe tranquilidade para a mãe. O atendimento a seu filho tem sido excelente, especialmente quando ele sofreu uma lesão na cabeça e necessitou de tratamento. Ela encontrou profissionais competentes, como fisioterapeutas e terapeutas de linguagem que estão ajudando na recuperação, o que a motivou a pensar em ter outro filho. Antes, estava hesitante devido aos altos custos de cuidado infantil no Reino Unido e ao medo de perder sua identidade.
No entanto, viver na Espanha a fez redescobrir o amor pela maternidade, algo que nunca esperava. A combinação de uma comunidade solidária e uma cultura amigável à infância facilitou muito a experiência de ser mãe. Ela percebeu que a maternidade não precisa ser um caminho solitário e que há uma rede de apoio pronta para celebrar e ajudar.
Com todos esses aspectos positivos, ela planeja continuar morando na Espanha, pois considera que é um ótimo lugar para criar uma família.