No início da minha vida, eu nunca sonhei em ser mãe. A ideia de ser responsável por outra pessoa me parecia assustadora e cansativa. Por isso, quando descobri que estava grávida aos 18 anos, entrei em um mundo totalmente diferente, sem estar realmente preparada. Enquanto meus colegas de escola estavam celebrando a formatura e se preparando para a vida adulta, eu estava enfrentando uma nova realidade.
Assim que soube da gravidez, tomei uma decisão: se eu ia ser mãe, precisava fazer isso da forma certa. Já havia visto muitos exemplos de pais que não se dedicavam à criação dos filhos e não queria que meu filho fosse mais um caso de negligência. Desde o início, busquei criar um ambiente seguro e acolhedor para meus filhos, onde o amor e a honestidade fossem prioridades. Meu marido e eu nos esforçamos para não repetir os erros que nossos pais cometeram.
Trabalhei duro e me esforcei para dar o exemplo que queria ver neles. Decidi que, se eu quisesse que meus filhos levassem a escola a sério, precisava mostrar a eles a importância do compromisso e da dedicação. Mostrei-lhes como ser curioso e perseverante, sempre buscando aprender mais.
Além da educação formal, eu queria que meus filhos tivessem uma visão ampla do mundo. Ensinei-lhes a valorizar diferentes tipos de música, apresentando clássicos de bandas como The Rolling Stones, e compartilhei com eles a importância das letras das músicas. Para mim, a música é uma forma de arte que conta histórias, e eu queria que meus filhos entendesse isso.
Incentivei-os a pensar criticamente, a fazer perguntas e a não aceitarem tudo que ouvissem. Tínhamos conversas profundas sobre o mundo, sobre como tomar decisões e a importância da lógica na vida. Tomei cuidado para expô-los a filmes que marcaram minha infância, como “Forrest Gump” e “Clueless”, e também a uma variedade de comidas de diferentes culturas. Queria que eles tivessem curiosidade sobre o mundo e as pessoas ao seu redor.
Juntamente com meu marido, encontramos um equilíbrio na criação das crianças. Enquanto eu não era a mãe “divertida” que participava de todos os eventos escolares, meu esposo era o responsável pelos passeios e atividades lúdicas. Muitas vezes, ele assumia a responsabilidade de ajudar com lições de casa, permitindo que eu tivesse um tempo para recarregar as energias. Aprendemos que criar filhos não é sobre ser perfeito, mas sim sobre estar presente, ser responsável e agir com honestidade.
Não escondi a realidade da vida dos meus filhos. Falei sobre as consequências de suas ações e estabeleci expectativas claras. Criei um ambiente onde, além das regras, havia espaço para risadas e conversas sinceras, ajudando todos nós a crescer juntos.
Agora, posso ver os resultados desse esforço. Minha filha mais velha, de 21 anos, está no terceiro ano em uma das melhores universidades de Maryland, estudando saúde pública com foco em medicina. Minha filha do meio, que está no 11º ano, se destacou no PSAT e recebeu uma carta da Universidade de Stanford, convidando-a a participar de um programa de verão.
Hoje, ao olhar para esse caminho, percebo que aquela adolescente de 18 anos, que não se via como uma mãe, não conhecia seu verdadeiro potencial. A paternidade não foi algo que me veio naturalmente, mas, todos os dias, busquei dar o meu melhor. Se o sucesso dos meus filhos é um indicativo de como fui como mãe, sinto que não fiz um trabalho ruim.