Na manhã de quinta-feira, as ações da Tesla subiram até 7%, enquanto a maioria das montadoras tradicionais enfrentou um dia difícil devido aos novos impostos sobre automóveis anunciados pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A General Motors, por exemplo, foi uma das que mais perderam valor na bolsa, com queda de 9% em um determinado momento. As ações da Ford e da Volkswagen também caíram cerca de 5%.
A razão para a alta nas ações da Tesla é simples: a empresa é vista como menos afetada pelos impostos, pois possui fábricas nos Estados Unidos, principalmente na Califórnia e no Texas. Analistas, como Dan Ives, da Wedbush Securities, afirmam que a Tesla está menos exposta a essas tarifas, uma vez que sua produção é concentrada no país.
Outras montadoras de veículos elétricos também se beneficiaram, com a Rivian subindo 8% e a Lucid crescendo 4% em seus valores. O motivo para essa valorização é que todos os veículos vendidos por essas empresas nos Estados Unidos são fabricados localmente.
De acordo com uma análise da CFRA Research, as montadoras mais vulneráveis a esses impostos são a General Motors, a Stellantis (que inclui a Chrysler), a Ford e a fornecedora canadense Magna. Em contrapartida, a Tesla é considerada a menos afetada.
A Tesla afirmou em uma postagem que seus veículos são os “mais fabricados na América”, citando um índice que compara a produção de automóveis nos Estados Unidos. No entanto, o CEO da empresa, Elon Musk, alertou que a Tesla também sentirá os efeitos dos novos impostos, afirmando que o impacto será significativo mesmo para quem fabrica a maior parte dos veículos em solo americano.
Mark Malek, do Siebert Financial, comentou que, apesar de a Tesla produzir a maior parte de seus carros nos Estados Unidos, a empresa terá que pagar mais por peças, devido à concorrência entre os fabricantes por suprimentos que não são afetados pelos novos impostos. Isso pode aumentar os custos operacionais da Tesla e das demais montadoras.