A CEO do Citigroup, Jane Fraser, destacou a importância do trabalho híbrido, considerando-o uma ferramenta útil para recrutar novos funcionários. Durante uma reunião com executivos da empresa, ela afirmou que os colaboradores podem continuar trabalhando remotamente por dois dias na semana.
Enquanto isso, outras grandes instituições financeiras de Wall Street, como o JPMorgan e o Goldman Sachs, têm adotado regras mais rígidas, exigindo que seus funcionários voltem ao escritório todos os dias. No caso do Citigroup, a maioria dos funcionários deve comparecer ao escritório três dias por semana, enquanto podem realizar suas atividades de forma remota nos outros dois dias. No entanto, os trabalhadores das agências bancárias e a maioria dos traders precisam estar no escritório todos os dias.
Fraser acredita que oferecer a opção de trabalho híbrido proporciona ao Citigroup uma vantagem competitiva e pode ajudar a atrair novos talentos. Ela já mencionou antes que trabalhar de casa deve ser visto como um privilégio, e não um direito, e durante o Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, comentou que os trabalhadores que apresentam problemas de produtividade estão sendo convocados de volta ao escritório.
Apesar de reforçar a política de trabalho híbrido, o Citigroup está investindo significativamente em novas instalações. A empresa destina cerca de 1 bilhão de libras (aproximadamente 1,2 bilhão de dólares) para revitalizar seu escritório em Londres, que promete ser um espaço inovador para o futuro do trabalho. O novo edifício, localizado na Canary Wharf, está previsto para ser inaugurado em 2026.
O Citigroup tem uma abordagem menos rígida em comparação com outras instituições de Wall Street. O Goldman Sachs, por exemplo, foi uma das primeiras instituições a determinar que os funcionários deveriam voltar ao escritório cinco dias por semana, com seu CEO David Solomon descrevendo o trabalho remoto como uma “aberração” em 2021. Em 2022, o JPMorgan já tinha cerca de 50% dos funcionários de volta ao trabalho presencial completo. Em janeiro deste ano, o banco anunciou que acabaria com o trabalho híbrido, exigindo que todos os colaboradores retornassem ao escritório a partir de março.
O JPMorgan justificou a mudança, afirmando que compreende que alguns funcionários preferem um horário híbrido, mas acredita que a presença física é a melhor maneira de operar a empresa. Atualmente, aproximadamente 70% dos funcionários do JPMorgan já estão de volta ao escritório de forma presencial.
Esse movimento para o retorno ao escritório acontece em um momento em que o JPMorgan está se preparando para abrir sua nova sede global, a ser inaugurada até o final de 2025 no 270 Park Avenue. O novo edifício terá capacidade para acomodar até 14.000 funcionários e promete estabelecer “novos padrões para o bem-estar e a hospitalidade dos empregados”.