A XXVIII Semana da Justiça pela Paz em Casa, realizada no Oeste, começou com o evento “Caminhando para a Paz: diálogo de transformação”. O encontro aconteceu no auditório do 2º Batalhão de Polícia Militar. Oito dez representantes de casos de violência doméstica foram chamados a participar para refletir sobre comportamentos impulsivos.
Esse evento foi organizado pela equipe do Juizado Especial Criminal e Violência Doméstica da comarca de Chapecó, em parceria com a Polícia Militar, através da Rede Catarina, e o Rotary Clube Chapecó Centro. O foco foi abrir um espaço para a conversa e reflexão.
Os participantes discutiram sobre autoconhecimento e gestão emocional. Outros temas importantes foram inteligência emocional, relacionamentos interpessoais e a autorresponsabilidade. O principal objetivo era fazer todos perceberem suas ações impulsivas e os impactos disso.
Eduardo Basso, um psicólogo especializado em terapia cognitivo-comportamental, foi o responsável por guiar as discussões. Ele trouxe questões importantes para serem trabalhadas de forma acessível, permitindo que todos se sentissem à vontade para falar.
Os participantes ganharam a chance de refletir sobre seus comportamentos, revisitando a vida atual e projetando um futuro mais saudável e otimista. A ideia era contribuir para a diminuição dos casos de violência doméstica e evitar que os participantes voltassem a cometer os mesmos erros.
Na mesma semana, na comarca de Dionísio Cerqueira, no Extremo Oeste, também foram realizadas atividades em torno do Programa Indira. A juíza Andréia Cortez Guimarães Parreira coordenou uma reunião, onde diversas servidoras estiveram presentes.
O encontro contou com a presença de servidoras comissionadas, estagiárias e assistentes sociais das comarcas de São José do Cedro, Anchieta e Dionísio Cerqueira. Foi uma oportunidade para apresentar os canais de comunicação do Programa Indira. As servidoras aprenderam como podem ajudar umas às outras em contextos de violência doméstica.
Com um bate-papo aberto sobre situações reais, as participantes puderam perceber a gravidade da violência de gênero, desde as formas mais sutis até as mais evidentes. Essa troca de experiências ajudou a conscientizá-las da importância de buscar apoio, tanto para elas quanto para outras pessoas que podem estar em risco.
A reunião terminou com um lanche e um momento de confraternização, reforçando a união das mulheres em prol da luta contra a violência. O Programa Indira, voltado para as mulheres do Poder Judiciário de Santa Catarina, é liderado pela Coordenadoria da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (Cevid) e o Núcleo Institucional de Segurança (NIS).
O foco do programa é implementar políticas que ajudem a prevenir a violência doméstica e familiar, principalmente contra magistradas e servidoras. O intuito é oferecer acolhimento, atendimento e encaminhamentos para quem precisa de suporte em situações de abusos.
Além disso, o Programa Indira promove ações preventivas, como campanhas voltadas para o público interno. As iniciativas incluem encontros presenciais com orientações sobre violência doméstica e familiar, sempre buscando conscientizar as mulheres sobre seus direitos.
Essas atividades visam a proteção e o fortalecimento das mulheres dentro do ambiente judiciário, mostrando que é possível enfrentar as dificuldades de maneira acolhedora. É fundamental que essas mulheres sintam-se seguras e apoiadas em suas funções.
A Semana da Justiça pela Paz em Casa busca dar visibilidade à luta contra a violência doméstica, promovendo a discussão sobre temas importantes e necessários. Essa fala aberta é um passo vital para a transformação social, onde as pessoas possam se sentir livres para expor suas vivências.
Falar sobre esses assuntos ajuda a quebrar tabus. Muitas vezes, o silêncio reina nesses ambientes, e a promoção de diálogos é essencial para que mais mulheres se sintam confortáveis ao buscarem ajuda. A intenção é criar um espaço seguro, onde todas possam compartilhar experiências.
O programa tem um papel importante ao oferecer apoio e processos de acolhimento. Isso garante que seja possível criar um ambiente menos hostil. O enfoque é sempre na valorização da vida e na proteção das mulheres vítimas de violência.
Essa troca de saberes e experiências serviu como impulso para um fortalecimento coletivo. Ao final, o sentimento é de que juntas elas podem buscar mudanças significativas. As comarcas em colaboração evidenciam a força da união na luta contra a violência.
A troca de conhecimentos e suporte mútua são grandes aliados na resistência contra a violência. Com a continuidade dessas iniciativas, espera-se que mais mulheres reconheçam sua força e busquem a ajuda que precisam.
Promover um espaço de diálogo e acolhimento é fundamental para superarmos a violência em qualquer sociedade. As atividades realizadas na Semana da Justiça pela Paz em Casa são uma mostra clara de que é possível avançar para um futuro onde a paz e o respeito sejam as diretrizes principais.