O ex-presidente Jair Bolsonaro, líder do PL, conversou na manhã desta sexta-feira (31) com a Rádio Bandeirantes de Goiânia e comentou sobre a possibilidade de uma aliança política entre o senador Wilder Morais, que é presidente do PL em Goiás, e o vice-governador Daniel Vilela, presidente do MDB goiano, visando as eleições de 2026.
Bolsonaro afirmou que, se o governador Ronaldo Caiado (do União Brasil) estiver interessado, ele não vê problemas nessa união política. Nesse contexto, o PL poderia apoiar Daniel Vilela para o governo de Goiás e também indicar um candidato para o Senado. Ele deixou claro que a única aliança que ele não aceitaria seria com o PT, reafirmando que, fora isso, está aberto a negociações.
Diferente de outras vezes, quando fez declarações que provocaram tensão na política goiana, o ex-presidente aparentou um espírito conciliador. Ele mostrou preocupação em manter a harmonia dentro do PL no estado, minimizando conflitos internos. Além disso, sua declaração pode ter sido um apoio indireto ao vereador Major Vitor Hugo (PL), que é seu principal aliado em Goiás e que já enfrentou ameaças de expulsão e acusações de traição por ter facilitado um encontro entre Daniel Vilela e Bolsonaro.
Durante a entrevista, Bolsonaro se mostrou focado em ampliar a bancada do PL no Senado nas eleições de 2026, com o objetivo de conquistar 44 das 54 cadeiras disponíveis. Essa estratégia reflete um desejo de criar uma forte bancada de direita que apoie suas iniciativas.
Para Bolsonaro, é mais vantajoso eleger um senador por Goiás do que tentar concorrer ao governo estadual, onde as chances de vitória seriam menores.
Sobre sua relação com o governador Caiado, Bolsonaro foi cauteloso e evitou entrar em detalhes. Ele reconheceu a popularidade de Caiado, mas foi cauteloso ao comentar sobre a política de segurança pública do estado, que tem mostrado bons resultados na redução da criminalidade. Desde as eleições municipais do ano passado, onde os candidatos apoiados por Bolsonaro foram derrotados pelos apoiadores de Caiado, a relação entre os dois ficou mais distante.
Caiado, que já se posiciona como pré-candidato à presidência em 2026, afirmou que irá concorrer, independentemente dos outros candidatos na disputa. Por sua vez, Bolsonaro reafirmou que também continuará com suas intenções presidenciais, mesmo que esteja inelegível até 2030.