O novo julgamento do homem acusado de matar a estudante Priscila Brenda Pereira Martins da Silva, que tinha apenas 14 anos, acontecerá nesta quinta-feira, 6 de outubro, no Fórum de Catalão, Goiás. Priscila desapareceu no dia 11 de dezembro de 2012, no distrito de Pires Belo, depois de entrar no carro do namorado. A história do caso se arrasta há mais de 12 anos e agora terá um novo capítulo devido a uma decisão do Tribunal de Justiça de Goiás, que anulou uma condenação anterior ocorrida em 2023. A razão para a anulação foi a quebra da regra de incomunicabilidade dos jurados, que é crucial para garantir a imparcialidade no julgamento.
No julgamento anterior, realizado em 28 de abril de 2023, o réu, identificado pelas iniciais P.V.A., foi condenado a 18 anos de prisão por homicídio qualificado e ocultação de cadáver. No entanto, a defesa do acusado alegou que uma jurada havia se manifestado publicamente nas redes sociais sobre o caso, o que comprometeu a imparcialidade do júri. Diante desse fato, o Tribunal de Justiça determinou que um novo júri fosse realizado. Até que isso aconteça, o réu está respondendo ao processo em liberdade.
Além de P.V.A., outro homem havia sido indiciado no caso, mas ele foi absolvido durante o julgamento anterior e, portanto, não enfrenta mais acusações.
A mãe de Priscila, Luciene Pereira da Silva, expressou sua dor e expectativa por justiça. Ela comentou sobre a longa espera e pediu apoio da comunidade: “São mais de 12 anos de dor e espera. Só quero justiça pela minha filha, para que o culpado finalmente pague pelo que fez.” A família de Priscila também fez um apelo para que os moradores de Catalão compareçam ao Fórum para apoiar a busca por justiça no novo julgamento.
Por outro lado, a defesa do réu, representada pelo advogado Dr. Leonardo de Paula, mantém a posição de inocência e questiona a existência de provas concretas. Ele afirmou: “Não há nenhum tipo de prova que mostre que Priscila Brenda foi morta ou que o acusado ocultou seu cadáver. A linha de defesa é a negativa de autoria, e buscamos a absolvição desse último acusado.”
O julgamento será presidido pela juíza Lívia Vaz da Silva e contará com a presença dos promotores de Justiça Renner Carvalho Pedroso e Diego Henrique Siqueira Ferreira. O advogado da acusação será Gabriel Álvares Figueiredo Silva. A expectativa é que o novo júri traga um desfecho para um caso que tem causado muita comoção na comunidade.