O homem acusado de matar a estudante Priscila Brenda Pereira Martins da Silva, que tinha apenas 14 anos, vai passar por um novo julgamento no dia 6 de fevereiro de 2025. Priscila foi vista pela última vez no dia 11 de dezembro de 2012, no distrito de Pires Belo, em Catalão, quando entrou no carro do namorado. O caso, que já dura mais de 12 anos, teve um avanço importante após o Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) anular a sessão que ocorreu anteriormente em 28 de abril de 2023. Esta anulação aconteceu porque um jurado teve acesso a informações externas que poderiam comprometer a imparcialidade do julgamento.
No julgamento cancelado, o réu, identificado como P.V.A., havia sido condenado a 18 anos de prisão pelos crimes de homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Porém, a defesa do réu alegou que uma das juradas havia comentado sobre o caso nas redes sociais, o que poderia influenciar a decisão do júri. Por essa razão, o TJ-GO decidiu, de forma unânime, anular o julgamento e ordenar a realização de um novo tribunal do júri. Enquanto isso, o acusado responderá ao processo em liberdade.
Vale ressaltar que outro réu, que também estava implicado no caso, foi absolvido durante o julgamento de 2023 e, portanto, não enfrenta mais acusações.
A mãe de Priscila, Luciene Pereira da Silva, expressou seu sofrimento e a espera por justiça. Em entrevista, ela comentou a dor de esperar por mais de uma década: “São mais de 12 anos de dor e espera. Só quero justiça pela minha filha, para que o culpado finalmente pague pelo que fez.”
Por sua vez, o advogado de defesa do acusado, Dr. Leonardo de Paula, reafirmou a inocência do réu e argumentou que não existem provas que liguem o acusado à morte de Priscila ou à ocultação de seu cadáver. Ele destacou que a defesa se baseia na negativa de autoria do crime.
O caso de Priscila ganhou grande visibilidade em Catalão e nos arredores, sendo um dos mais emblemáticos na busca por justiça em situações como essa. A família e amigos da jovem ainda mantêm esperança de que a verdadeira responsabilização ocorra, uma vez que o sofrimento causado pela perda é imenso.
Priscila foi vista pela última vez entrando no carro do namorado, e a polícia começou a investigar o caso em fevereiro de 2014, quando ele e um amigo foram detidos. Em 2017, a Justiça de Catalão decidiu que os dois deveriam ir a júri popular, mas a defesa recorreu, atrasando ainda mais a resolução do caso. Com o novo julgamento agendado, a expectativa da família e da comunidade é que a justiça finalmente seja feita.