A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, fez uma forte declaração em resposta à decisão do governo dos Estados Unidos, liderado por Donald Trump, de impor tarifas sobre as importações de aço e alumínio vindas da Europa. Ela considerou essa decisão “injustificada” e anunciou que a União Europeia planeja adotar “contramedidas firmes e proporcionais” para proteger sua economia.
Ursula von der Leyen destacou que as tarifas funcionam como impostos, que prejudicam tanto as empresas quanto os consumidores. Ela reafirmou que a União Europeia não deixará essas ações sem resposta e que medidas serão tomadas para garantir os interesses econômicos do bloco. A presidente também afirmou que a UE está pronta para agir rapidamente contra as tarifas injustificadas, deixando claro que haverá retaliações se necessário.
Embora não tenha detalhado quais serão as ações de retaliação, o comunicado indica que a Comissão Europeia já está avaliando quais produtos dos Estados Unidos poderão ser afetados. Esse movimento pode intensificar as tensões comerciais entre os dois lados do Atlântico.
Na madrugada de terça-feira, a Casa Branca publicou uma ordem executiva de Donald Trump que estabelece tarifas de 25% sobre as importações de aço e 10% sobre as de alumínio. O Brasil está mencionado nesse documento, que menciona um acordo de importação feito em 2018. A ordem observa que, apesar desse acordo, as importações brasileiras de produtos de aço vindos da China aumentaram significativamente nos últimos anos, mais do que triplicando desde a implementação do acordo de cotas.
Essas novas tarifas terão um impacto direto no Brasil, que é um dos principais exportadores de aço e alumínio para os Estados Unidos. Isso pode afetar não apenas a economia brasileira, mas também o preço desses produtos para os consumidores americanos. A situação gera preocupações sobre possíveis repercussões no comércio internacional e nas relações diplomáticas entre os países envolvidos.