Neste domingo, dia 6, a Ucrânia enfrentou uma nova ofensiva em larga escala da Rússia, que incluiu ataques aéreos em diversas cidades do país. O principal impacto foi em Kiev, a capital, onde um míssil balístico atingiu a cidade. Ao mesmo tempo, várias outras localidades sofreram ataques simultâneos com drones e foguetes, aumentando a tensão na região. Esses ataques ocorrem em um momento crítico, já que líderes internacionais estão pressionando o presidente russo, Vladimir Putin, por um cessar-fogo.
Durante a madrugada, as forças armadas da Ucrânia relataram que mais de 100 drones e 23 mísseis foram lançados. Em Kiev, as sirenes de alerta soaram em toda a cidade, e três distritos foram afetados por incêndios causados pelos impactos. Muitos moradores se refugiaram nas estações de metrô em busca de segurança. A administração militar da Ucrânia confirmou uma morte e três pessoas feridas, informações que foram divulgadas em seu canal oficial no Telegram. Imagens compartilhadas em redes sociais mostraram clarões no céu de Kiev e danos em áreas residenciais.
Além de Kiev, outras cidades da Ucrânia também foram alvo dos ataques. No nordeste, cidades como Sumy e Kupyansk sofreram bombardeios. No sul, Mykolayiv foi atingida, e no oeste, um míssil foi interceptado próximo à região de Khmelnytskyi, conforme informado pelas autoridades locais.
A escalada dos conflitos levou a Polônia a colocar suas forças de defesa aérea em alerta máximo. Caças poloneses decolaram em resposta à aproximação de jatos russos de longo alcance. A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) também mobilizou suas unidades aéreas para a situação, embora as autoridades polonesas tenham afirmado que não houve violação do espaço aéreo do país.
O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky criticou a falta de resposta da comunidade internacional diante das ações da Rússia. Recentemente, um ataque com míssil Iskander na cidade Kryvyi Rih, terra natal de Zelensky, resultou na morte de 19 civis, incluindo nove crianças. O presidente considerou a resposta global a esses ataques como fraca. Em uma mensagem publicada em sua rede social, ele expressou frustração com a hesitação de outros países em se posicionar claramente contra a Rússia, afirmando que “um país tão forte, um povo tão forte, e ainda assim uma reação tão fraca”.
A escalada de hostilidades na Ucrânia continua a ser um tema preocupante, com impactos diretos na vida da população e na segurança da região.