Na segunda-feira, dia 2 de outubro, a Rússia fez acusações contra o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmando que ele não está interessado em buscar a paz. Isso aconteceu após Zelensky ter uma conversa pública com o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na sexta-feira anterior, dia 28 de setembro.
Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, se pronunciou em uma coletiva de imprensa, dizendo que Zelensky não demonstra vontade de alcançar um acordo pacífico. Ele sugeriu que é necessário que outros, principalmente os líderes europeus, incentivem Zelensky a buscar a paz. Peskov ressaltou que se isso acontecer, eles merecerão reconhecimento por seus esforços.
Peskov descreveu o confronto entre Trump e Zelensky como “um evento sem precedentes” e criticou Zelensky, alegando que ele não possui habilidades diplomáticas adequadas. O porta-voz também afirmou que o presidente russo, Vladimir Putin, estava informado sobre o encontro entre os dois líderes. Para Peskov, essa situação apenas fortaleceu a posição da Rússia no contexto da guerra à qual está envolvida e destacou que a responsabilidade agora recai sobre os líderes europeus para ajudar a amenizar as tensões entre Moscou e Washington.
Ele explicou que não basta apenas uma aliança entre a Rússia e os Estados Unidos para resolver o conflito, enfatizando que é preciso um esforço maior que envolva outras partes para que se chegue a um acordo satisfatório.
Após essas declarações, Zelensky se reuniu com autoridades europeias em Londres para discutir a situação. Durante essa reunião, ele se comprometeu a colaborar com a Europa para elaborar condições para um possível acordo de paz. No entanto, Peskov mostrou ceticismo quanto à eficácia desse plano, declarando que ainda não existem propostas concretas de paz que possam ser consideradas viáveis.
Apesar das discussões sobre a paz, a guerra continua. A Rússia está mantendo o que chama de “operação militar especial” na Ucrânia, com a intenção de cumprir os objetivos que foram definidos no início do conflito, em fevereiro de 2022. As hostilidades ainda estão em andamento, refletindo a complexidade e a gravidade da situação na região.