O presidente da Rússia, Vladimir Putin, fez uma proposta na última sexta-feira, 28, sugerindo que a Ucrânia fosse colocada sob uma administração temporária supervisionada pela Organização das Nações Unidas (ONU). Durante um discurso a bordo de um submarino nuclear russo, ele afirmou que essa medida poderia ajudar a promover um acordo pacífico entre os países.
Putin afirmou que a atual liderança da Ucrânia, chefiada pelo presidente Volodymyr Zelensky, não tem autoridade para assinar um cessar-fogo. Ele argumentou que qualquer acordo firmado agora poderia ser contestado por futuros líderes ucranianos, o que tornaria esse entendimento instável.
Em sua proposta, Putin disse que se reuniria com representantes de diversas nações, incluindo os Estados Unidos e países europeus, para discutir a possibilidade de uma “governança temporária” na Ucrânia. Ele ainda comentou que essa abordagem permitiria ao país realizar eleições democráticas e iniciar conversas para um tratado de paz.
Em resposta, Heorhii Tykhyi, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia, apresentou uma “contraproposta” nas redes sociais. Ele sugeriu que a paz no leste europeu só seria alcançada com a saída de Putin do poder e a instalação de uma administração da ONU na própria Rússia, afirmando que isso seria benéfico para a população local, que estaria sofrendo com a guerra.
Essa nova rodada de declarações ocorre em um momento de tensão, já que a invasão russa da Ucrânia começou em fevereiro de 2022 e os combates continuam ativos mesmo após três anos. O cenário atual evidencia as complexidades e dificuldades para encontrar uma solução duradoura para o conflito.