Os irmãos Lyle e Erik Menéndez tiveram uma decisão favorável na Justiça de Los Angeles, Califórnia, na sexta-feira, dia 11. Um juiz decidiu que será possível reavaliar a condenação deles por assassinato, que ocorreu em 1989. Eles foram condenados à prisão perpétua em 1996 pelo assassinato dos pais, José e Kitty Menéndez.
Uma nova audiência foi agendada para a próxima quinta-feira, dia 17, para discutir se as penas dos irmãos poderão ser reduzidas. O juiz Michael Jesic foi quem tomou essa decisão importante. O advogado dos irmãos, Mark Géragos, afirmou que essa foi uma vitória, destacando que “a justiça venceu a política”.
Nos últimos anos, Lyle, que atualmente tem 57 anos, e Erik, de 54, começaram uma nova batalha legal para conseguir a liberdade. A atenção do público sobre o caso aumentou com o lançamento de um documentário e uma minissérie na Netflix, o que também levou à formação de grupos que defendem sua libertação. Esses defensores argumentam que os irmãos agiram em legítima defesa, após sofrerem abusos durante a infância.
Na audiência recente, Lyle e Erik participaram de forma remota e demonstraram descontentamento durante os argumentos apresentados pela promotoria, que defende que eles devem continuar na prisão. O juiz ouviu ambos os lados antes de decidir pela nova audiência.
Durante o julgamento original, que ocorreu em 1993 e teve grande cobertura da mídia, a defesa retratou os irmãos como vítimas de abuso. Eles alegaram ter sofrido violência e negligência de seus pais. Por outro lado, a acusação os caracterizou como assassinos motivados pela herança, que estava avaliada em cerca de 14 milhões de dólares, equivalente a aproximadamente 82 milhões de reais.
O júri do primeiro julgamento não conseguiu chegar a um veredicto, o que levou a um segundo julgamento onde os irmãos foram condenados à prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional.
Na audiência recente, familiares dos Menéndez estavam presentes, assim como o ator Cooper Koch, que interpretou Erik na minissérie. A prima de Lyle e Erik, Anamaria Baralt, comentou que a audiência não deve ser vista como uma questão política, mas sim uma oportunidade para que os irmãos mostrem quem são agora.
Além das audiências, a defesa solicitou clemência ao governador da Califórnia, Gavin Newsom. Ele pediu ao conselho responsável por decidir sobre a liberdade condicional dos irmãos que reavaliasse o caso. Newsom afirmou que não assistiu às produções da Netflix para não ser influenciado na sua decisão.