As Brigadas Al-Qassem, que são o braço armado do grupo Hamas, estão em um processo de recrutamento para novos integrantes. A iniciativa faz parte de uma estratégia que o grupo diz ser para “defender a terra e os locais sagrados, além de proteger o povo palestino contra a agressão israelense”.
Os membros do Hamas afirmam que estão prontos para enfrentar os israelenses e os norte-americanos, usando todo o armamento que possuem. O objetivo declarado é “continuar a resistência até a libertação total da Palestina”, mesmo que isso exija grandes sacrifícios.
O Hamas enfrenta grandes dificuldades, especialmente em relação a sua capacidade militar. Nos últimos 15 meses, o grupo teve substanciais perdas em seu pessoal, resultado da resposta das forças armadas de Israel, que têm atacado com estratégias específicas e localizadas. A organização tem trabalhado para lidar com a morte de muitos de seus combatentes, além de perder um número considerável de armas.
Entre as perdas significativas está a do líder militar Yahyah Sinwar. Um relatório indica que a maior parte do arsenal do grupo foi eliminada nos recentes confrontos. Além disso, em janeiro deste ano, o Hamas confirmou a morte de mais um líder importante, Mohammed Deif, que era considerado uma figura-chave nas estratégias militares do grupo. A informação dessa morte foi revelada por Israel em julho de 2024, mas o reconhecimento oficial pelo Hamas só ocorreu recentemente.
As Forças de Defesa de Israel estimam que mais de 20 mil membros do Hamas tenham sido mortos desde novembro de 2023. Em contrapartida, fontes de inteligência dos Estados Unidos indicam que o grupo pode ter conseguido recrutar entre 10 mil e 15 mil novos integrantes durante a guerra.
Esses acontecimentos mostram uma situação de instabilidade e conflito constante na região, com o Hamas tentando se reestruturar em meio a perdas significativas e um cenário de intensas hostilidades.