As Irmãs da Indulgência Perpétua, uma organização de freiras que se identificam como parte da comunidade queer e trans, estão no centro de uma controvérsia em São Francisco, nos Estados Unidos. Isso ocorre por causa de um evento que elas organizam anualmente em celebração à Páscoa. Neste ano, o tema escolhido é “Não há Páscoa sem o T”, onde o “T” representa as pessoas trans.
O objetivo do evento é celebrar a comunidade trans e, durante a festividade, há uma caça aos ovos de Páscoa voltada para crianças, além de dois concursos de fantasias intitulados “Hunky Jesus” e “Foxy Mary”.
O material promocional do evento mostra uma ilustração que representa “Jesus” tatuado, cercado por drag queens. Fotos de eventos passados revelam homens vestidos com trajes que retratam Jesus, utilizando saltos altos e vestidos curtos. Esses participantes costumam segurar cartazes com frases provocativas, como “Posso pegar um homem gay” e “Casa de Jesus”.
Os vencedores de concursos de edições anteriores do evento tiveram títulos como “Ken Jesus da Barbie”, “Jesus Historicamente Preciso”, “Maria de Guadalupe Transgênero”, “Maria Pro-Escolha” e “Mulher Negra como Deus”.
Por outro lado, o evento também tem gerado críticas, especialmente nas redes sociais. A conta conservadora Libs of TikTok expressou preocupação com a participação de crianças, alertando que os pais devem avaliar se algumas partes do show são apropriadas para os pequenos.
Logan Church, diretor político do grupo CatholicVote, comentou sobre o assunto, mencionando que não ficou surpreso, mas sim “desgostoso” com a realização do evento. Ele afirma que as Irmãs da Indulgência Perpétua têm como missão zombar do cristianismo de forma aberta e que essa celebração de Páscoa é mais um exemplo disso.
Church também ressaltou a liberdade de expressão, mas defendeu que isso não significa que os cristãos devem aceitar passivamente a zombaria à sua fé. Ele acredita que é legítimo que a comunidade reaja a esse tipo de provocação.