O governo de Donald Trump estabeleceu uma lista com 197 palavras que devem ser evitadas em agências federais nos Estados Unidos. Essa informação foi divulgada em memorandos do governo e foi revelada por um jornal. Algumas dessas palavras foram retiradas de sites oficiais, enquanto outras foram excluídas de curricula escolares. Porém, nem todos os termos foram completamente proibidos; alguns apenas receberam uma recomendação para que seu uso fosse mais cuidadoso.
Entre as palavras que fazem parte dessa lista estão termos como “antirracista”, “crise climática”, “diversidade”, “feminismo”, “LGBTQ”, “não-binário” e “acessibilidade”. É importante notar que a lista pode não ser completa, pois outros memorandos de diferentes agências podem não ter sido acessados pelos repórteres.
Essa mudança faz parte de uma estratégia do governo Trump contra o que ele classifica como cultura “woke”. Recentemente, ele anunciou que retirou o que chamou de “veneno da Teoria Crítica da Raça” das escolas públicas. Em alguns Estados, o ensino desse tema já está sendo proibido, com a justificativa de que promove a desconfiança em relação a pessoas brancas, sugerindo que são racistas.
Em um discurso no Congresso, Trump reforçou sua posição, afirmando que seu governo estava descontinuando as políticas de diversidade e que o país não seria mais “woke”. Ele declarou que as políticas de diversidade, equidade e inclusão estavam sendo encerradas em todo o governo federal, no setor privado e também nas forças armadas.
Além disso, uma ordem executiva assinada por Trump no seu primeiro dia de retorno à Casa Branca criticou o que ele considerava uma tentativa do governo do ex-presidente Joe Biden de restringir a liberdade de expressão. Segundo ele, havia uma pressão sobre plataformas de tecnologia que buscava promover uma narrativa específica em temas relevantes para a sociedade. O presidente destacou que a censura governamental à liberdade de expressão é intolerável em uma sociedade livre.