Na noite de segunda-feira, 17 de outubro de 2023, os bombardeios na Faixa de Gaza foram reiniciados, o que levantou preocupações sobre o destino dos reféns que continuam sob cativeiro. O governo de Israel informou que ainda existem 59 pessoas sequestradas no local, e dessas, 24 estariam vivas.
O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, justificou os ataques dizendo que isso era necessário devido à falta de avanços nas negociações para prorrogar o cessar-fogo. Em consonância com essa decisão, o ministro da Defesa, Israel Katz, afirmou que as operações militares continuariam até que todos os reféns fossem libertados.
Enquanto isso, a atmosfera na região se tornou ainda mais tensa após o ouvir de relatos de pessoas que conseguiram escapar do cativeiro durante o período de trégua. Nessas ocasiões, vídeos divulgados pelo grupo Hamas também trouxeram um pouco de esperança para as famílias dos reféns, que começaram a acreditar em uma possível libertação.
Um dos relatos emocionantes é sobre duas pequenas meninas, Alma e Roni, de apenas 2 e 3 anos, que sentem falta do pai, Omri Miran, que está sendo mantido como refém em Gaza há 530 dias. Esse tipo de história tem chamado atenção para a situação dos reféns e gerado um forte apelo emocional.
Recentemente, o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou em reuniões que estaria disposto a apoiar tanto uma extensão do cessar-fogo quanto a retomada das ações militares. Após encontrar-se com ex-reféns israelenses, Trump disse que o Hamas deveria liberar os reféns restantes imediatamente, ou enfrentaria graves consequências.
A situação nas negociações levou o Hamas a acusar Israel de colocar em risco a vida dos reféns, afirmando que eles correm o risco de um “destino desconhecido”. Essa declaração gerou preocupação entre as famílias dos sequestrados, que estão se mobilizando. Um protesto frente ao Parlamento de Israel foi convocado para o dia 18 de outubro.
Desde o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, 251 pessoas foram sequestradas e levadas para Gaza. Algumas dessas vítimas se juntaram a dois israelenses que já estavam em cativeiro há anos: Avera Mengistu, levado em 2014, e Hisham al-Sayed, sequestrado em 2015.
A resposta militar de Israel aos ataques do Hamas resultou em uma onda de bombardeios, com estimativas de cerca de 48 mil mortos na região, de acordo com o ministério da Saúde de Gaza. É importante notar que essa contagem não distingue entre civis e combatentes.
As consequências dessa situação em Gaza continuam a ser devastadoras, afetando muito mais do que apenas os reféns, enquanto a comunidade internacional observa atentamente o desenrolar da crise.