Pinterest parece estar tomando uma atitude bacana em relação ao conteúdo gerado por inteligência artificial no aplicativo. A plataforma anunciou que vai começar a rotular esse tipo de conteúdo, o que promete ajudar a galera a identificar o que é real.
Bom, para a galera que não tá por dentro, semana passada, um site chamado Futurism postou um artigo mostrando que a quantidade de conteúdo gerado por IA no Pinterest tá crescendo de um jeito que tá deixando muitos usuários bolados. As pessoas estão encontrando um monte de imagens falsas que acabam desviando o tráfego para sites de conteúdo gerado por IA. Esses sites, por sua vez, ganham grana com anúncios do Google.
De acordo com o que o Futurism divulgou, “tá lotado de porcaria gerada por IA no Pinterest, e essas imagens estão sempre aparecendo nas primeiras posições das buscas mais comuns”. Isso rola em categorias clássicas do Pinterest, como decoração de casa, dicas de “faça você mesmo”, moda, beleza, receitas, arte e arquitetura. Muitas dessas postagens linkam pra sites que parecem blogs úteis, mas na real só querem atrair visualizações e lucrar com anúncios.
Essa situação já foi notada por muita gente que usa o Pinterest, que tá se sentindo um pouco desapontada com a quantidade de conteúdo inútil que está invadindo a plataforma. A galera tá se perguntando se ainda vale a pena usar o app.
Logo, o Futurism resolveu dar um toque pra Pinterest sobre esse babado. No começo, a empresa negou que tinha um problema sério nas mãos, mas depois mudou de ideia assim que o artigo foi publicado. Aparentemente, a pressão funcionou.
Pinterest se manifestou, dizendo: “Estamos trabalhando na rotulação do conteúdo gerado ou modificado por IA para dar um contexto mais relevante aos usuários sobre o que eles veem no Pinterest. Vamos continuar a expandir essas etiquetas nos próximos meses.” Então, a boa notícia é que agora a plataforma se preocupa em facilitar a vida da galera que quer identificar essas postagens.
Além disso, isso pode ajudar o Pinterest a diminuir o alcance desse tipo de conteúdo, mas aqui vai o caô: a própria Pinterest também tá incentivando anunciantes a usar ferramentas de IA para gerar as imagens dos Pins. Ou seja, pode ser que esse não seja o caminho que a plataforma queira seguir.
Essa situação traz à tona um dilema cabuloso nas redes sociais. Ao mesmo tempo em que as plataformas como Pinterest incentivam o uso de IA, elas vão contra a essência do que as redes sociais sempre foram: a conexão humana.
As pessoas costumam acessar o Facebook pra ver as últimas novidades dos amigos e familiares, não pra encontrar imagens geradas por IA que mostram eles como cavaleiros medievais ou outras loucuras. Esses geradores de imagem, apesar de serem irados, não representam eventos reais e acabam perdendo o sentido social.
Eu já tinha notado algo semelhante quando a Meta, que é a mãe do Facebook, lançou um prompt meio esquisito ano passado. Não dá pra entender por que fariam isso em grande escala. Estão tentando transformar a experiência social em algo que não faz sentido.
Talvez eu esteja parecendo um véio que só reclama, mas essa pode ser a direção que o futuro tá tomando: usar IA pra “imaginá-lo” de um jeito mais interessante. Mas ainda fico sem entender, e quando vejo o Pinterest empurrando esse tipo de conteúdo, aumento ainda mais minha preocupação de que essas plataformas estejam incentivando um colapso do conteúdo gerado por IA.
E com isso, fica claro que a gente ainda precisa de um jeito de separar o que é real do que é só produto de inteligência artificial. Fazendo isso, a experiência da galera na plataforma deve melhorar e o Pinterest pode voltar a ser um lugar mais bacana.
Enfim, a mudança que a Pinterest promete é um passo interessante. Pode ser que ajude a deixar a rede social mais sussa e menos cheia de conteúdo sem propósito. No final das contas, queremos que o Pinterest siga firme como a plataforma de inspiração que sempre foi, onde se pode encontrar ideias de verdade.