TikTok enfrenta uma situação confusa nos Estados Unidos. Enquanto a plataforma foi oficialmente banida para novos downloads, aqueles que já têm o aplicativo instalado ainda conseguem usá-lo. O ex-presidente Donald Trump afirmou que vai trabalhar para salvar o TikTok e transformar a situação em uma fonte de lucro para o país.
Nos últimos dias, a polêmica em torno do TikTok voltou a ganhar destaque. Para quem não acompanhou, a situação é a seguinte: TikTok foi inicialmente proibido para novos usuários, mas os que já mantêm o aplicativo estão livres para continuar utilizando. Trump, que já havia tentado banir o aplicativo no passado, agora se coloca como defensor da plataforma.
A história do TikTok nos EUA começou em julho de 2020. Após outros países começarem a banir o app em dispositivos oficiais, Mike Pompeo, que na época era o Secretário de Estado, mencionou que os Estados Unidos estavam considerando uma proibição. Trump apoiou essa ideia, ligando-a à pandemia de COVID-19.
Em agosto do mesmo ano, ele assinou uma ordem executiva para banir o TikTok, citando preocupações sobre coleta de dados e censura a partir da China, já que o aplicativo pertence à ByteDance, uma empresa chinesa. No entanto, a partir de setembro, juízes federais começaram a barrar a aplicação dessa ordem, alegando que Trump não tinha provas suficientes para justificar o banimento.
Com o passar do tempo, várias decisões judiciais derrubaram as tentativas de Trump de proibir o TikTok, culminando em julho de 2021, quando o presidente Joe Biden revogou as tentativas de banimento da administração anterior, mesmo reconhecendo os riscos associados ao aplicativo.
Em dezembro de 2022, o Comitê de Inteligência do Senado dos EUA propôs uma nova legislação para proibir transações de mídias sociais com empresas que operam sob a influência de países considerados adversários. No entanto, só em março de 2024, após briefings do governo sobre os riscos do app, o Congresso começou a avançar com a venda obrigatória do TikTok para uma empresa americana.
Em abril de 2024, o Senado aprovou uma proposta que exigia que o TikTok fosse vendido ou que enfrentasse uma proibição. O presidente Biden sancionou a lei, dando um prazo de nove meses para que a venda ocorra. A história continuou a se desenrolar até janeiro de 2025, quando o novo presidente Trump, em seu discurso inaugural, indicou planos para encontrar uma solução que permitisse que o TikTok fosse metade detido por americanos.
Embora a proibição ainda esteja oficialmente em vigor, há incertezas sobre o que acontece a seguir, especialmente se Trump pode efetivamente revogar uma lei já aprovada. Atualmente, TikTok está disponível para os usuários que já o tinham instalado, mas a situação legal da plataforma permanece complicada.
A questão central é se Trump conseguirá implementar um novo arranjo que mantenha o TikTok em operação e atenda às exigências da lei, garantindo que o aplicativo continue acessível e funcional para milhões de americanos. Portanto, a questão do TikTok segue como um tema em aberto, com muitas incógnitas sobre seu futuro nos Estados Unidos.