sexta-feira, 19 de dezembro de 2025
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Flávio Bolsonaro recebe picanha com seu rosto em Goiânia

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[email protected] EM 19 DE DEZEMBRO DE 2025, ÀS 04:45

O senador Flávio Bolsonaro, do PL do Rio de Janeiro, visitou Goiânia na quinta-feira, 18, e recebeu uma “picanha personalizada” com sua própria foto. O Frigorífico Goiás, conhecido por homenagear políticos e celebridades da direita, foi o local da entrega. Durante a visita, Flávio se encontrou com o governador Ronaldo Caiado, do União Brasil, no Palácio das Esmeraldas, onde discutiram temas relacionados ao cenário político, tanto nacional quanto estadual.

Em um vídeo divulgado, Flávio é visto ao lado do presidente do PL em Goiás, Wilder Morais, e do proprietário do Frigorífico Goiás, Leandro Batista Nóbrega. O senador agradeceu pela homenagem, brincando sobre o peso da picanha: “Olha o que é prestígio. A picanha do Flávio Bolsonaro, a picanha que ele diz que se tiver mais um quilo, não paga.” Ele ainda fez uma comparação com a picanha do cantor Gusttavo Lima, ressaltando que a sua era não era fatiada como a do artista.

Além da picanha do senador, o estabelecimento também tem cortes de carne com fotos de líderes internacionais, como o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o atual presidente da Argentina, Javier Milei.

O Frigorífico Goiás não está isento de controvérsias. A empresa se envolveu em polêmica durante as eleições presidenciais de 2022, quando lançou a promoção da “Picanha do Mito”, em homenagem ao então presidente Jair Bolsonaro. Este produto foi anunciado a R$ 22 o quilo, muito abaixo do preço habitual, que era R$ 129, mas a oferta tinha uma condição: apenas quem estivesse vestindo uma camiseta da seleção brasileira poderia comprar a carne a esse preço.

A promoção atraiu uma multidão ao frigorífico, resultando em um tumulto que culminou na morte de Yeda Batista, uma consumidora que, segundo relatos, foi pressionada pela aglomeração e sofreu ferimentos. Embora tenha recebido socorro, ela não sobreviveu.

Além disso, o frigorífico enfrentou uma ação civil pública do Ministério Público, que alegou práticas discriminatórias por parte do proprietário. Em um vídeo, ele afirmou que “petista não era bem-vindo” no estabelecimento e colocou placas com mensagens semelhantes na entrada das lojas. Para o Ministério Público, essa conduta viola princípios constitucionais e o Código de Defesa do Consumidor, pois cria um ambiente hostil para consumidores com diferentes convicções políticas.

Essas controvérsias em torno do Frigorífico Goiás refletem a polarização política no país e geram discussões sobre ética comercial e os limites da liberdade de expressão.

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