Quarenta jovens artistas do Rio de Janeiro estão apresentando suas obras em uma exposição sonora que teve início no último sábado, 18 de outubro. Com o título “Pode Sonhar, em alto e bom som”, a mostra reúne dez peças artísticas, resultado de um processo de residência que durou seis meses. Os temas abordados incluem infância, luto, amores, gênero e a vida artística dos participantes.
A diretora artística e curadora da exposição, Valquiria Oliveira, explica que as obras foram desenvolvidas por jovens talentos de favelas e periferias do estado. Cada peça sonora oferece uma narrativa única, convidando o público a refletir sobre desejos e transformações pessoais através de uma escuta individual e atenta.
A inauguração ocorreu no Parque Glória Maria, em Santa Teresa, onde a exposição ficará até 2 de novembro. Depois, será transferida para a Arena Jovelina Pérola Negra, na Pavuna, de 8 a 25 de novembro. O evento destaca a importância de dar espaço às novas gerações de artistas, reforçando a presença deles em espaços culturais da cidade.
Valquiria menciona que “Pode Sonhar” é um ambiente artístico plural que busca dialogar com os sonhos e trajetórias dos jovens envolvidos. Além dos temas já citados, as obras também discutem espiritualidade, fantasia e sonhos de consumo. As peças foram projetadas para serem ouvidas individualmente, proporcionando uma experiência imersiva ao público.
Em 2023, Valquiria já havia iniciado uma empreitada similar com a exposição “Mapa Sonoro”, que apresentou os sonhos de 12 outros jovens artistas. Essa experiência atraiu 733 visitantes e destacou a importância de sonhar como uma necessidade humana.
O projeto “Pode Sonhar” é uma iniciativa do Avenida Brasil – Instituto de Criatividade Social. Com foco em artistas jovens e negros, inclui também dois laboratórios criativos que serão realizados entre 2024 e 2025. Durante esses laboratórios, os participantes desenvolverão uma variedade de narrativas sonoras, que serão editadas e aprimoradas para compor um rico acervo artístico.