Conheço várias pessoas que são excelentes revisores e editores de texto. Eles são humanos, longe da inteligência artificial, e têm um olhar crítico afiado. Quando eles revisam um texto, ele ganha clareza e estrutura, transformando a bagunça inicial em algo mais organizado e eficaz. Essa relação de trabalho é bastante enriquecedora.
Escrever não exige um domínio absoluto da língua, mas quem deseja ser um escritor deve evitar frases comuns, especialmente em eventos literários. Expressões como “eu acreditei no meu sonho”, “eu ousei sonhar” e “meu sonho se realizou” costumam ser vistas como clichês.
Falar sobre a realização de um sonho muitas vezes remete a uma visão romântica ou exagerada. Muitas pessoas gastam dinheiro em palestras motivacionais, acreditando que seguir certos conselhos irá garantir sucesso e felicidade. Essa busca por validação e aprovação pode levar a práticas questionáveis e inseguranças.
Embora sonhar faça parte da condição humana e seja uma força que nos impulsiona, também é importante reconhecer que esses sonhos podem se tornar obsessões. Muitas pessoas se entregam completamente à ideia de que somente através de seus sonhos poderão alcançar a felicidade ou o sucesso.
Na verdade, enquanto estamos em busca de nossas conquistas, devemos lembrar que o mais essencial pode estar nas experiências reais da vida. Em vez de correr atrás de um ideal inatingível, é mais produtivo explorar nossas vulnerabilidades, traumas, e as questões não resolvidas que trazemos de nosso passado. Esses elementos são frequentemente as verdadeiras fontes de inspiração para a literatura.
Se for para seguir um sonho, que seja aquele que nos persegue nas noites de insônia. O meu, por exemplo, é estar em uma sala de aula com uma situação embaraçosa. Este tipo de sonho inusitado pode, na verdade, levar um escritor a novos lugares e reflexões.