A TV Globo vai estrear o primeiro episódio da série sul-coreana “Questão de Tempo” na Sessão da Tarde, nesta quarta-feira (21). Essa iniciativa faz parte do esforço da emissora para promover conteúdos do seu serviço de streaming, o Globoplay, por meio das suas transmissões na TV aberta.
A série conta a história de Mika, interpretada por Lee Sang-kyung. Ela é uma jovem especial que pode ver um “relógio da vida” em cada pessoa, que indica quanto tempo elas têm até a morte. No seu próprio caso, Mika descobre que tem apenas alguns meses de vida e decide realizar seu sonho: atuar em um musical. Além disso, ela quer ajudar outras pessoas a aproveitar melhor o tempo que lhes resta. Um dos personagens que ela ajuda é Do-Ha, interpretado por Lee Sang-yun, que tem a habilidade de modificar sua contagem de tempo.
Conforme a trama avança, Mika e Do-Ha desenvolvem um relacionamento que muda suas vidas e perspectivas, promovendo reflexões sobre o amor e a finitude da vida. A produção mistura romance com questões profundas, destacando a importância de valorizar cada momento.
Nos últimos tempos, a Globo tem investido na apresentação de dramas de diversos países, incluindo a Coreia do Sul, através do Globoplay e em seus canais pagos. Até agora, no entanto, a emissora tem se concentrado em produzir e exibir principalmente suas próprias novelas em horários de maior audiência na TV aberta.
Além disso, a Globo está planejando uma nova linha de produção inspirada nos “doramas” e “k-dramas”, que são as novelas coreanas. A emissora vai testar um novo horário para essas novelas curtas, que terão cerca de 60 capítulos de meia hora cada, com tramas e elencos mais enxutos. A primeira história será romântica e será escrita por Walcyr Carrasco, um dos autores mais influentes da Globo.
Essas produções, chamadas internamente de “doramas brasileiros”, devem ocupar parte do espaço que antes era da sessão “Vale a Pena Ver de Novo” e que já abrigou a novela “Malhação” (1995-2020), em torno das 17h30, antes da novela das seis.
O projeto surgiu a partir do sucesso da novela “Todas as Flores” (2022) no Globoplay, e foi adotado pela TV Globo, animando autores que enfrentam o desafio de escrever novelas tradicionais, geralmente com muitos capítulos. O diretor executivo dos Estúdios e da TV Globo, Amauri Soares, vê essa nova abordagem como uma maneira de aumentar a produção de dramaturgia para o streaming. As novelas curtas serão primeiras exibidas no Globoplay, e depois na TV aberta, dependendo do sucesso da primeira produção.
A expectativa é que esse novo formato seja um sucesso, e a Globo continua contando com Walcyr Carrasco, que, mesmo aos 73 anos, ainda é uma referência importante na dramaturgia brasileira, superando dificuldades de mobilidade recentes.