Pouco mais de 24 horas após Tati Machado anunciar a perda de seu bebê, o programa “Saia Justa” decidiu realizar uma edição ao vivo focada no luto e em como lidar com a perda de entes queridos. Eliana Michaelichen, uma das apresentadoras, contou que a equipe pensou em cancelar o programa, mas optou por seguir em frente para oferecer apoio àqueles que estão em momentos difíceis.
“Hoje, o ‘Saia Justa’ começa de uma maneira diferente. Estamos todos muito tristes”, disse Eliana, em tom emocionado. Ela explicou que, após a tragédia vivida por Tati, a equipe considerou a importância de abordar o tema do luto. “Queremos trazer informações e conhecimento sobre esse assunto delicado, especialmente em um momento tão doloroso.”
Eliana comentou que a dor da perda de um filho é inimaginável e expressou seu carinho por Tati e seu marido, Bruno Monteiro. Naquele mesmo período, outro casal de atores, Micheli Machado e Robson Nunes, também enfrentava a perda de um bebê, o que intensificou a necessidade de acolhimento e solidariedade.
A edição contou com a participação da psicóloga Heloisa Salgado, que é fundadora do Instituto do Luto Perinatal, e do psicanalista Christian Dunker, professor do Instituto de Psicologia da USP. Heloisa e Christian foram convidados para ajudar a guiar a conversa e oferecer apoio emocional, reforçando que a discussão sobre a perda é fundamental.
Eliana destacou que existem termos específicos, como “órfão”, para quem perde os pais, mas a perda de um filho não tem um nome definido. Heloisa comentou que isso se deve ao fato de que essa dor é “inominável”, enquanto Christian acrescentou que essa situação contraria a ordem natural da vida.
Durante a conversa, Eliana ressaltou a importância de abordar esses temas, mesmo que a perda de Tati ainda fosse recente. Segundo ela, é essencial ter um espaço para discutir a dor e a tristeza que muitas pessoas enfrentam, muitas vezes sozinhas.
Erika Januza, outra apresentadora do programa, observou que a sociedade celebra muito a vida e os nascimentos, mas quando ocorre uma perda, o silêncio prevalece. “É como se não pudéssemos falar sobre isso. Muitas mulheres guardam essa dor para si e só se sentem autorizadas a compartilhar quando alguém se abre primeiro”, afirmou.
Por conta da gravação ao vivo, a estreia de Juliette, que estava programada para ocorrer naquela semana, foi adiada. A cantora não pode comparecer ao estúdio do GNT, resultando em uma edição apenas com Eliana, Erika, Bela Gil e os convidados da noite. A ausência de Juliette não foi explicada durante o programa.
Esses momentos de vulnerabilidade e apoio são essenciais em uma sociedade que frequentemente evita discussões sobre a dor e a perda, e o “Saia Justa” buscou, na edição, oferecer um espaço para que essas conversas aconteçam.