O Papa Francisco anunciou recentemente que a Igreja Católica está aberta a discutir a possibilidade de estabelecer uma data fixa para a celebração da Páscoa. Essa mudança visa resolver a diferença de datas em que o feriado é celebrado, um problema que ocorre atualmente entre a Igreja Católica e a Igreja Ortodoxa. Hoje, essas celebrações ocorrem em momentos diferentes, muitas vezes com semanas de intervalo, o que gera confusão e desconexão entre as tradições.
Atualmente, a Igreja Católica segue o calendário gregoriano, que foi adotado em 1582 e é utilizado pela maioria dos países do mundo. Por outro lado, a Igreja Ortodoxa utiliza o calendário juliano, que ficou obsoleto depois do século 16, resultando nas diferenças observadas nas datas das celebrações. Por exemplo, em 2025, uma exceção acontecerá: ambas as denominações cristãs celebrarão a Páscoa no mesmo dia, 20 de abril. Essa coincidência ocorrerá devido à forma como as datas são calculadas e se alinhas de maneira única neste ano.
Durante uma missa em que celebrou o encerramento da semana de oração pela união dos cristãos, Papa Francisco mencionou essa coincidência como uma oportunidade para que todos os cristãos se unam. Ele fez um apelo para que essa mesma união fosse refletida na escolha de uma data consensual para a celebração da Páscoa no futuro. O Papa enfatizou que a Igreja está disposta a aceitar qualquer data que seja acordada entre as diferentes denominações cristãs, com o intuito de simbolizar a união dos seguidores de Cristo.
Essa conversa sobre estabelecer uma data fixa para a Páscoa é um tema importante no diálogo entre as igrejas, que buscam reduzir as divisões e promover um maior sentido de unidade entre os cristãos ao redor do mundo.