Os brasileiros estão ouvindo música de maneira intensa, dedicando, em média, 25 horas por semana a esse prazer. Essa cifra é maior do que a média global, que é de 20,7 horas. Esses dados foram revelados em um estudo realizado pela Federação Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI) e mostram um aumento significativo no consumo musical no Brasil.
A pesquisa também salienta como a inteligência artificial (IA) está influenciando a produção musical. Além disso, destaca a variedade de gêneros musicais que os brasileiros gostam e os desafios que a pirataria digital ainda representa.
Uma descoberta interessante da pesquisa é que 82% dos brasileiros sentem que nunca houve tantas opções disponíveis para ouvir música. Isso indica uma diversificação no consumo musical, impulsionada por plataformas de streaming, rádio digital e downloads de músicas. Hoje, em média, os brasileiros utilizam nove maneiras diferentes para acessar suas canções favoritas, o que mostra como a tecnologia facilitou o acesso à música.
Em relação aos estilos musicais, o Brasil se destaca, pois, enquanto em outras partes do mundo os ouvintes costumam acompanhar cerca de oito gêneros diferentes, os brasileiros chegam a mais de dez. Isso reflete a rica diversidade cultural do país, que é conhecida por sua música variada e vibrante.
No que diz respeito ao uso da inteligência artificial na música, o estudo trouxe à tona algumas preocupações. Globalmente, 79% dos entrevistados acreditam que a criatividade humana é essencial para a produção musical. No Brasil, esse número é ainda mais alto, com 85% das pessoas concordando com essa afirmação. Isso mostra uma forte valorização da originalidade e da expressão artística.
Além disso, 74% dos ouvintes que estão a par do uso da IA acham que essa tecnologia não deve ser utilizada para criar cópias ou imitações de artistas sem a devida autorização. No Brasil, 70% compartilham essa preocupação, o que indica uma necessidade de discutir os impactos éticos e legais da inteligência artificial na indústria da música.
Por outro lado, a pirataria ainda é um grande desafio para a indústria musical no Brasil. A pesquisa mostra que 47% dos brasileiros ainda acessam músicas de forma ilegal. Isso é um problema tanto para os artistas quanto para a indústria fonográfica, que buscam soluções para combater essa prática.
Para enfrentar esse desafio, é necessário implementar estratégias mais eficazes e educar o público sobre os prejuízos da pirataria. A indústria deve continuar investindo em plataformas que sejam acessíveis e que incentivem o consumo legal de música, promovendo um ambiente em que os artistas sejam devidamente reconhecidos e recompensados por seu trabalho.