A temperatura dentro de casa é um fator importante não apenas para o conforto, mas também para a saúde física e mental dos moradores. Ambiente com temperatura inadequada pode afetar a disposição, o sono e até a produtividade das pessoas. Além disso, o nível de umidade do ar é fundamental, pois influencia na proliferação de ácaros, fungos e outros microrganismos que podem prejudicar a saúde.
Para entender melhor a importância do conforto térmico, o arquiteto Paulo Tripoloni explica que uma temperatura inadequada pode interferir no humor e aumentar o risco de doenças respiratórias. Ele destaca que o lar deve ser um espaço equilibrado, proporcionando o bem-estar e a eficiência energética.
De acordo com orientações de organizações de saúde, a temperatura ideal varia de acordo com cada ambiente da casa e com as roupas que as pessoas estão usando. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que a temperatura interna fique entre 23 °C e 26 °C. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sugere, por sua vez, que durante o verão essa temperatura deva ser mantida entre 23 °C e 26 °C, enquanto no inverno, entre 20 °C e 23 °C.
A arquiteta Elisa Maretti complementa essas informações, observando que ambientes com temperaturas baixas e alta umidade são propícios ao surgimento de mofo e ácaros, que podem causar alergias e problemas respiratórios. Para diferentes ambientes da casa, ela recomenda as seguintes temperaturas:
- Salas, escritórios e áreas comuns: manter entre 20 °C e 23 °C, podendo chegar a 26 °C no verão.
- Cozinha: equilibrar a temperatura entre 18 °C e 21 °C para compensar o calor gerado pelo fogão e utensílios.
- Banheiro: manter uma temperatura mais elevada, entre 22 °C e 24 °C, para evitar desconforto térmico ao sair do banho, especialmente no inverno.
- Quarto: mantendo entre 18 °C e 20 °C, a temperatura ajuda a relaxar e promove um sono mais restful.
Vale destacar que bebês e idosos são mais sensíveis às mudanças de temperatura. Para esse grupo, a recomendação é manter o ambiente entre 22 °C e 24 °C, evitando extremos de frio ou calor. Além disso, é importante lembrar que as mulheres normalmente sentem mais frio do que os homens, devido a diferenças no metabolismo e na composição corporal.
O cardiologista Adriano Magajevski alerta que temperaturas muito altas podem causar desconfortos, como fadiga e tontura, além de afetar o sistema nervoso. Da mesma forma, o frio excessivo pode levar a problemas respiratórios. Para o sono, uma temperatura estável é essencial para que a pessoa consiga descansar profundamente e evitar despertar frequentemente durante a noite.
Por fim, algumas dicas para manter a casa confortável incluem o uso de cortinas térmicas, promover a ventilação cruzada para a circulação do ar, cultivar plantas que ajudam a umidificar o ambiente e utilizar ventiladores durante os dias mais quentes. Todas essas medidas ajudam a combater as temperaturas extremas e a garantir um lar mais agradável e saudável.