Na cidade, onde as pessoas mais ricas costumavam gostar de casas cheias de detalhes e enfeites, surgiu a Casa Modernista, que trouxe uma proposta bem diferente. Três anos depois de sua construção, ela se destacou por não ter ornamentos.
Inicialmente, o projeto da Casa Modernista tinha aprovação da prefeitura e incluía elementos decorativos, seguindo as regras da época. No entanto, esses enfeites não foram feitos, resultando em fachadas mais simples, sem intervenções artísticas. Essa escolha de estilo foi influenciada pelos movimentos modernos que estavam em alta na Europa. O arquiteto responsável, Roberto de Souza, que também é supervisor do Núcleo do Acervo Arquitetônico da Casa, explica que a falta de recursos financeiros foi uma das razões apontadas para não se cumprir o que era previsto inicialmente.
Essa abordagem mais limpa e sem exageros estéticos representa um marco importante no desenvolvimento da arquitetura moderna na região, mostrando uma nova forma de pensar sobre o design de edifícios. A Casa Modernista é um exemplo claro de como a arquitetura pode refletir mudanças culturais e sociais, destacando a busca por uma simplicidade que, embora possa ter surgido por limitações econômicas, acabou se tornando uma referência no cenário arquitetônico.