A Cissus rhombifolia, popularmente conhecida como cipó-uva, é uma planta trepadeira que pertence à mesma família das videiras, a Vitaceae. Esta planta é nativa da América Latina e costuma ser vista em florestas tropicais e subtropicais, embora sua presença no Brasil seja relativamente rara.
As folhas da cipó-uva são bastante características, com três folíolos que têm formato de losango, o que justifica seu nome “rhombifolia”, que significa “folhas em forma de losango”. Essas folhas têm uma textura aveludada e coloração verde-escura. Segundo especialistas em botânica, a planta tem um caule que cresce rapidamente e se utiliza de gavinhas, estruturas que permitem que ela se fixe em suportes, como paredes e muros.
Os pequenos frutos que surgem na planta são bagas escuras, parecidas com uvas, mas é importante destacar que não são comestíveis. A cipó-uva se tornou bastante popular na jardinagem de interiores e em ambientes externos devido ao seu crescimento rápido e à sua capacidade de se desenvolver bem em lugares com luz indireta, como varandas e pergolados.
Para cuidar da cipó-uva, é importante plantá-la em solo rico em matéria orgânica, que seja leve e bem drenado. Uma boa mistura de solo pode incluir terra vegetal, composto orgânico e areia. Em relação à luz, a planta prefere ambientes com luz filtrada. Em áreas externas, é recomendável cultivá-la em locais com sombra parcial, evitando a exposição direta ao sol, que pode queimar suas folhas.
A cipó-uva se adapta melhor em climas quentes e úmidos, mas também é capaz de suportar variações de temperatura, desde que tenha boa luminosidade. Quando cultivada dentro de casa, é ideal posicioná-la perto de janelas, porém, deve-se ter cautela com ventos fortes, que podem danificar suas folhas. As flores da planta são raras em ambientes internos, sendo mais comuns em áreas ao ar livre.
A umidade do solo deve ser mantida de modo que fique ligeiramente úmido, evitando o encharcamento. Durante o verão, regas de 2 a 3 vezes por semana são recomendadas, enquanto no inverno a frequência pode ser reduzida. O solo não deve ficar seco por longos períodos. A adubação também é importante: recomenda-se o uso de adubo orgânico ou NPK 10-10-10 a cada 30 a 45 dias durante o período de crescimento, diminuindo a frequência no inverno. É bom ficar de olho em pragas, como pulgões e cochonilhas; caso apareçam, usar óleo de neem ou sabão inseticida pode ajudar.
Para quem deseja cultivar a Cissus rhombifolia como trepadeira, é essencial fornecer um suporte apropriado, como treliças de madeira, metal ou plásticos, além de grades e muros. No começo, é necessário direcionar os ramos para o suporte desejado e, se necessário, usar um barbante ou fita de tecido para amarrá-los levemente, evitando que fiquem muito apertados. Para estimular um crescimento mais saudável e equilibrado, podas leves nas pontas dos ramos são indicadas, já que isso favorece a brotação lateral.
Caso a intenção seja ter a Cissus rhombifolia como planta pendente, basta deixar seus ramos crescerem livremente, sem suporte. A utilização de vasos suspensos, como cachepôs ou suportes de macramê, pode ser uma boa opção. É importante que o vaso tenha furos para evitar acúmulo de água. Se os ramos crescerem demais, eles podem ser cortados e as mudas replantadas. Plantar várias mudas no mesmo vaso também pode ajudar a criar uma aparência mais cheia. A cada 2 ou 3 anos, é bom trocar o vaso para renovar o substrato.