Aniversário de Juscelino Kubitschek é lembrado como um símbolo de esperança e desenvolvimento
Alê Portela, atual secretária de Estado de Desenvolvimento Social de Minas Gerais, comentou sobre a relevância do legado de Juscelino Kubitschek em meio às incertezas políticas atuais do país. JK, como é carinhosamente chamado, faria aniversário em 12 de setembro. Sua trajetória é vista como um exemplo de como é possível almejar grandes avanços sem abrir mão da responsabilidade.
Juscelino Kubitschek, um mineiro conhecido por sua fala tranquila e visão ousada, acreditava na capacidade do Brasil de se desenvolver de forma equilibrada. Durante seu governo, ele conseguiu unir coragem e prudência, modernização e respeito às tradições. JK ficou famoso por seu compromisso em promover um crescimento sustentável sem ceder ao populismo ou ao autoritarismo. Sua presidência é lembrada como uma época de revolução silenciosa, que trouxe avanços significativos nos setores industrial, urbano e democrático.
Durante seu mandato, Juscelino implementou grandes obras de infraestrutura, como a criação da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e a construção de rodovias que foram essenciais para a integração do país. Para ele, o desenvolvimento não resultava de improvisações, mas de um planejamento eficaz e investimentos sérios. Assim, ele inspirou uma geração a acreditar que o Brasil poderia se tornar uma nação próspera.
Além das obras materiais, Juscelino Kubitschek deixou um legado imaterial valioso: esperança. Sob sua liderança, os brasileiros começaram a sonhar e a ver a concretização de melhorias na qualidade de vida, como o acesso à energia elétrica e à educação. Normas de desilusão têm permeado o cenário atual, mas JK nos lembra que o otimismo, quando responsável, pode ser um poderoso motor para a união do povo.
O chamado “jeito mineiro de fazer política” representa não apenas uma característica regional, mas uma filosofia que pode ser aplicada em todo o país. Essa abordagem destaca a importância de governar com moderação, priorizando a construção de consensos sem perder de vista princípios fundamentais. Juscelino demonstrou que um verdadeiro líder é aquele que busca unir, ao invés de dividir.
Durante seu governo, Juscelino enfrentou desafios significativos, especialmente em um contexto de resistência das elites militares e políticas. No entanto, ele escolheu optar por uma postura de moderação, construindo Brasília mesmo diante de críticas e descontentamentos. JK entendia que a política deve ser baseada no diálogo e na colaboração, uma prática cada vez mais rara na atualidade.
Num momento onde a política parece estar polarizada, o exemplo de Kubitschek ensina que é possível amar o Brasil sem sectarismo, promover a liberdade com responsabilidade e buscar o desenvolvimento nacional. Sua liderança respeitava a autonomia dos poderes, mas demonstrava um firme senso de Estado, uma característica que muitos afirmam ser necessária nos dias de hoje.
Possivelmente, o que o país precisa atualmente não é apenas de mais ou menos governo, mas de uma forma mais eficaz de governar, em conjunção com um espírito pacífico e um compromisso com o bem comum. O convite ao reencontro com esse espírito é um apelo para que o Brasil reconheça que a força do país não surge do grito, mas da convicção de que os cidadãos são mais fortes do que as crises enfrentadas. A visão de Juscelino e o legado de Minas Gerais continuam a ser uma farol, indicando o caminho para um futuro de ordem, liberdade e prosperidade.