A Operação Sem Desconto, realizada pela Polícia Federal (PF), resultou na apreensão de mais de R$ 40 milhões em bens e valores. Essa ação foi direcionada a investigar pessoas suspeitas de fraudes relacionadas ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
O relatório parcial aponta que, dentre os valores apreendidos, há aproximadamente R$ 1,8 milhão em dinheiro, incluindo tanto reais quanto moedas de outros países. Além disso, foram confiscados mais de 60 veículos, avaliados em R$ 34,5 milhões, e cerca de 140 joias, que totalizam um valor estimado de R$ 730 mil. O montante total inclui também maquinários, equipamentos e obras de arte. As fraudes aconteceram entre 2019 e 2024 e podem envolver desvios de até R$ 6,3 bilhões.
Detalhes da Investigação
A investigação da PF apura descontos irregulares que foram feitos em aposentadorias e pensões pagas pelo INSS. Esses valores, que eram descontados, estavam sendo repassados para associações que supostamente prestavam serviços a esses beneficiários. No entanto, a PF constatou que muitos desses descontos ocorreram sem o consentimento dos aposentados e pensionistas. Além disso, as associações envolvidas falsificavam documentos e assinaturas para garantir que os descontos fossem aceitos pelo INSS.
Até agora, seis pessoas foram presas em decorrência da operação. Elas estão relacionadas a associações suspeitas de fraudarem o sistema. A Justiça também determinou o afastamento de toda a direção do INSS e de um policial federal que estaria envolvido no esquema.
Em resposta a essa operação, o governo anunciou a demissão do presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, que foi um dos afastados pela Justiça e está sendo investigado pela PF por suposta omissão em sua função.
A situação segue em andamento, enquanto a PF e o governo trabalham para esclarecer todos os detalhes e responsabilizar aqueles envolvidos nas fraudes no INSS.