Israel estava se preparando para atacar as instalações nucleares do Irã, mas essa ação foi cancelada pelo presidente dos Estados Unidos na época, Donald Trump. A decisão de interromper o plano ocorreu devido a conversas diplomáticas em andamento entre os EUA e o Irã, que visavam a criação de um acordo nuclear.
As negociações estavam programadas para acontecer em Omã, após meses de discussões. Trump optou pela diplomacia em vez de uma ação militar, especialmente porque o Irã havia mostrado disposição para dialogar.
O objetivo do ataque israelense era atrasar o programa nuclear do Irã em pelo menos um ano. O plano contava com a colaboração das forças armadas dos EUA tanto em defesa quanto em ataque. A operação proposta envolvia o uso de forças especiais em locais nucleares subterrâneos e ataques aéreos em grande escala, todos com suporte da aviação americana.
Trump informou sua decisão ao primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, durante uma visita à Casa Branca. Nesse encontro, Trump anunciou o início dos diálogos entre os EUA e o Irã. As primeiras conversas aconteceram em Muscate, a capital de Omã, no dia 12.
Representantes dos dois países participaram das negociações, que foram mediadas pelo enviado de Trump ao Oriente Médio, Steve Witkoff, e pelo ministro iraniano Abbas Araghchi.
Dentro do governo dos EUA, houve intensas discussões sobre a viabilidade do plano israelense. O general Michael Kurilla, do Comando Central dos EUA, e o Conselheiro de Segurança Nacional, Mike Waltz, debateram como os EUA poderiam apoiar Israel se Trump decidisse seguir com o ataque. No entanto, alguns oficiais expressaram preocupação sobre a eficácia do plano e sobre o risco de um conflito mais amplo com o Irã. A Diretora de Inteligência Nacional, Tulsi Gabbard, apontou que a presença militar dos EUA na região poderia potencialmente provocar uma guerra maior.
Essas preocupações foram compartilhadas em reuniões subsequentes, onde outros membros do governo, como Susie Wiles, chefe de gabinete da Casa Branca, o secretário de Defesa Pete Hegseth e o vice-presidente JD Vance, também mostraram ceticismo em relação ao ataque. Mesmo Waltz, que geralmente tinha uma postura firme contra o Irã, questionou se o plano israelense teria sucesso sem um forte apoio norte-americano.
Durante uma dessas discussões, Vance enfatizou que Trump tinha uma oportunidade única de negociar um acordo com o Irã. Segundo informações, se as negociações não avançassem, Trump poderia reconsiderar e apoiar um ataque de Israel.
Em resposta às preocupações e ao cenário em evolução, Netanyahu reiterou que “Israel não permitirá que o Irã obtenha armas nucleares”. A equipe de Netanyahu destacou que ele tem liderado uma campanha global contra o programa nuclear iraniano há mais de dez anos, mesmo quando houve quem desmerecesse a ameaça e considerasse suas preocupações exageradas.