O autismo, chamado de Transtorno do Espectro Autista (TEA), é um atraso no desenvolvimento neurológico que aparece na infância. Ele se caracteriza por dificuldades de comunicação e comportamentos repetitivos, além de interesses restritos.
Pessoas com autismo podem ter dificuldade em manter contato visual, o que torna suas interações sociais mais complicadas. Elas também podem ter interesses intensos em temas específicos e achar difícil mudar a rotina.
É essencial, ao suspeitar de autismo, consultar um pediatra ou neuropediatra. Esses profissionais podem confirmar o diagnóstico e indicar tratamentos que ajudem a melhorar a vida da pessoa e o seu desenvolvimento.
Os principais sinais de autismo incluem:
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Dificuldade na interação social: A pessoa pode ter pouco contato visual e dificuldade de entender expressões faciais e gestos. Isso pode afetar sua capacidade de fazer amigos.
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Problemas de comunicação: A pessoa pode ter dificuldade para iniciar ou manter conversas, entender sarcasmo ou humor, e pode demorar para responder quando é chamada.
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Alterações comportamentais: Mudanças na rotina podem deixar a pessoa irritada. Além disso, pode se mostrar desinteressada em jogos de faz de conta ou ter um foco intenso em objetos ou temas específicos.
- Comportamentos repetitivos: É comum que pessoas autistas repitam frases ou movimentos, como balançar o corpo para frente e para trás.
Esses sinais podem prejudicar a interação social das pessoas, mas às vezes os sintomas são tão leves que passam despercebidos. Vale lembrar que algumas pessoas autistas também têm talentos especiais, como memória excepcional ou habilidades com música e artes.
Se você está curioso sobre a possibilidade de autismo em uma criança, existe um teste online que pode ser feito. Lembre-se de que este teste é apenas indicativo. O ideal é consultar um médico.
O autismo é classificado em três graus:
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Autismo leve: Os sintomas são pouco perceptíveis. A pessoa pode ser quase independente, mas ainda necessita de suporte para se comunicar e interagir.
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Autismo moderado: Nesse grau, os sintomas são mais evidentes, dificultando tarefas do dia a dia e a socialização. A pessoa pode falar apenas sobre temas que gosta.
- Autismo grave: Aqui, a interação social é bastante complicada. A pessoa pode não falar ou se comunicar de forma clara, necessitando de apoio constante.
A antiga divisão do autismo em subtipos foi descontinuada. Hoje, todos estão agrupados sob o termo Transtorno do Espectro Autista.
O diagnóstico é feito por um pediatra ou neuropediatra e leva em conta o comportamento da criança e relatos dos pais e professores. Às vezes, são necessários exames específicos para confirmar o autismo, como avaliações neuropsicológicas.
Nos adultos, o diagnóstico pode ser mais desafiador, pois o autismo pode se confundir com outros problemas, como a ansiedade ou a timidez. Um neurologista ou psiquiatra pode ajudar nessa fase.
As causas do autismo não são totalmente conhecidas, mas acredita-se que fatores genéticos e ambientais possam influenciar. Algumas possíveis causas são:
- Hereditárias: Quem tem irmãos com autismo tem maior chance de ter o transtorno.
- Doenças genéticas: Certas condições genéticas, como a síndrome de Down, podem aumentar o risco.
- Fatores ambientais: Exposição a álcool, tabaco ou outras substâncias durante a gravidez podem aumentar o risco de autismo.
Gravidez de alto risco, idade avançada dos pais, parto induzido e baixo peso ao nascer também podem contribuir para o desenvolvimento do autismo.
O tratamento do autismo varia para cada pessoa e requer acompanhamento médico. Ele pode incluir:
- Medicamentos, como risperidona e melatonina, e suplementos, como ômega 3.
- Fonoaudiologia para ajudar na comunicação.
- Terapias comportamentais para facilitar atividades do dia a dia.
- Terapia ocupacional para aprimorar a socialização.
Manter uma dieta equilibrada é importante e pode ajudar a melhorar o sono, reduzir a irritabilidade e aumentar o apetite.
Importante frisar que não existe cura para o autismo, mas tratamentos adequados podem ajudar bastante. Eles melhoram a qualidade de vida, a comunicação e a autonomia do indivíduo ao longo do tempo. O foco deve sempre ser no apoio e na inclusão, permitindo que todos se sintam valorizados e compreendidos.