A cabeleireira Débora Rodrigues dos Santos, de 39 anos, se tornou conhecida após um incidente ocorrido em 8 de janeiro de 2023, quando manifestantes invadiram prédios dos Três Poderes no Brasil. Recentemente, Débora prestou depoimento onde reafirmou que não entrou em nenhum dos prédios do Supremo Tribunal Federal (STF), do Congresso Nacional ou do Palácio do Planalto. Segundo ela, esteve apenas na praça em frente ao STF, onde foi fotografada escrevendo a frase “perdeu, mané” com um batom na estátua que representa a Justiça.
Em seu depoimento, registrado em novembro de 2024 e revelado ao público em março de 2025, Débora afirmou que não tinha conhecimento sobre o significado ou valor da estátua. Ela relatou que um homem que já estava pichando a estátua pediu sua ajuda, dizendo que sua letra era feia. Débora disse que, impulsivamente, decidiu continuar e acabou escrevendo a frase que se referia a uma declaração do ministro do STF, Luís Roberto Barroso, feita em uma conferência em Nova York em 2022. Na ocasião, Barroso respondeu a um questionamento sobre a legitimidade das eleições brasileiras, usando essa expressão.
Além de seu depoimento, Débora também escreveu uma carta pedindo desculpas ao ministro Alexandre de Moraes. Ela é mãe de duas crianças, e seu caso está sendo analisado na Primeira Turma do STF. Até o momento, os ministros Moraes e Flávio Dino já votaram favoravelmente pela condenação de Débora, sugerindo uma pena de 14 anos de prisão.
No entanto, a decisão final depende de outros ministros, incluindo Luiz Fux, Cristiano Zanin e Cármen Lúcia. Fux, em particular, solicitou uma revisão do caso, expressando dúvidas sobre a severidade da pena proposta e a necessidade de entender melhor o contexto em que Débora se encontrava durante os eventos. A situação de Débora continua a ser avaliada pela Justiça, e espera-se que os demais ministros se manifestem em breve.