Na quinta-feira, 27, meios de comunicação associados ao Hamas informaram que Abd al-Latif al-Qanou, um importante porta-voz do grupo, foi morto pelas Forças de Defesa de Israel (IDF) no norte da Faixa de Gaza. Al-Qanou teve um papel destacado na comunicação do Hamas durante os intensos conflitos que ocorreram na região. Ele ficou fora dos holofotes durante os meses de combate, mas após a pausa nos combates, começou a dar entrevistas novamente para canais de notícias árabes. Mesmo com a retomada dos confrontos, ele continuou a transmitir mensagens em nome do Hamas.
Recentemente, al-Qanou foi entrevistado pelo canal catari Al-Araby, onde mencionou que o Hamas havia apresentado condições que considerava justas para negociações. Porém, ele alegou que o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu estava interessado em prolongar o conflito, possivelmente para se beneficiar politicamente.
Além de al-Qanou, Abu Obeida é outro porta-voz significativo do Hamas e teve sua identidade divulgada por um porta-voz das IDF no início do conflito. Vale lembrar que em dezembro, Mohammed Abu Askar, que havia sido porta-voz da ala militar do Hamas, também foi morto.
A morte de al-Qanou ocorreu dias após a eliminação de Essam al-Da’alis, que era o chefe do governo do Hamas responsável pelas operações na faixa de Gaza. As IDF anunciaram a morte de al-Da’alis no dia 18 deste mês, afirmando que durante um dia de intensos ataques, acertaram em cheio alvos terroristas, incluindo membros de alto e médio escalão do Hamas. O objetivo dessas ações, conforme a IDF, era enfraquecer a capacidade de governo e militar do Hamas e eliminar ameaças à segurança de Israel.
Além de al-Qanou e al-Da’alis, outros três membros de destaque do Hamas estão sob suspeita de terem sido mortos: Mahmoud Marzouk Ahmed Abu-Watfa, que ocupa o cargo de ministro de Assuntos Internos do grupo; Bahajat Hassan Mohammed Abu-Sultan, chefe das Forças de Segurança Interna; e Ahmed Amar Abdullah Alhata, que é ministro da Justiça do Hamas.
Após reiniciar os bombardeios sobre a Faixa de Gaza, as IDF relataram que os ataques se concentraram principalmente em alvos dentro do território palestino. O exército israelense confirmou que a ofensiva continuará de forma contínua. Essa retomada de ataques significa uma quebra na trégua que havia sido estabelecida entre Israel e Hamas desde janeiro.