A Meta, a empresa que comanda o Facebook e o Instagram, tá bem firme na ideia de que a abordagem chamada Community Notes é a melhor forma de moderar conteúdo nas redes sociais. Agora, eles estão se preparando para as eleições na Austrália e já têm planos para combater a desinformação, sem estar no esquema de Donald Trump, suavemente lembrando que a Austrália não tá sob esse cabresto.
De acordo com as regras eleitorais locais, o governo australiano precisa convocar as eleições antes do dia 17 de maio. Isso quer dizer que, em breve, vamos ouvir um anúncio sobre a data da votação.
E com essa proximidade, a Cheryl Seeto, que é a responsável pela política pública da Meta na Austrália, soltou as informações sobre como eles vão lidar com a desinformação durante a campanha. Essa informação é babado, pois mostra que eles estão realmente se movimentando por lá.
A estratégia da Meta na Austrália foca muito em contar com serviços de terceiros para checar os fatos e fontes de informação aprovadas. Como Seeto disse: “Vamos continuar trabalhando com a AFP e a AAP para revisar conteúdos de forma independente por meio do programa de checagem de fatos da Meta Austrália. Quando um conteúdo for desmentido, vamos colocar rótulos de aviso e diminuir a distribuição nas plataformas para que menos pessoas vejam.”
A Meta começou a fase piloto do programa Community Notes com alguns usuários nos Estados Unidos, e a ideia é expandir isso para outras regiões com o tempo. Mas, por enquanto, a equipe da Austrália vai continuar apostando nas checagens de fatos de terceiros.
Curiosamente, a Meta Austrália acha que isso é uma parada positiva, enquanto a Meta geral já disse que a checagem de fatos nos EUA “excedeu os limites”, resultando em “muitos erros”. É meio confuso, né? A Meta Austrália parece ter uma abordagem diferente da usada nos Estados Unidos, gerando dúvidas se essa mudança toda realmente coincide com as necessidades do público ou se é só uma forma de apaziguar os ânimos de Trump.
Além disso, a Seeto declarou: “Estamos fazendo parcerias com a AAP em uma nova campanha de alfabetização midiática para ajudar os australianos a avaliarem criticamente o conteúdo que eles veem na internet, que vai rolar antes das eleições.” Isso mostra que, de um jeito ou de outro, a Meta tá tentando dar uma força para as pessoas se informarem melhor.
Sobretudo, eles estão dizendo que confiar em quem já faz as checagens de fato é uma boa estratégia, ainda que o que se passa nos Estados Unidos esteja numa situação diferente. Na moral, a pergunta que fica é: qual delas é a melhor? Será que as checagens de terceiros são realmente a solução mais eficaz, ou o sistema Community Notes é que é o caminho a seguir?
De novo, o pessoal tá vendo que, pelo que a Meta Austrália diz, a checagem de terceiros é uma adição valiosa nas ferramentas de segurança. Mas a empresa também declarou que tá planejando expandir o Community Notes para todas as regiões, só que ainda não é a hora, e vai rolar um aperfeiçoamento enquanto isso.
Por conta disso, as metodologias atuais são o que a Meta tem de melhor para o combate à desinformação em outras regiões. Vamos ficar de olho, porque vai ser interessante acompanhar o tempo que a Meta vai precisar para lançar esse processo de checagem baseado em comunidade fora dos Estados Unidos e se isso vai ter alguma real importância na estratégia deles, especialmente sem a pressão de Trump.
Vale lembrar que muitos já comentaram que parecia que o Mark Zuckerberg teve uma conversa direta com Trump e perguntou como a Meta poderia colaborar com a administração dele nos próximos anos. A partir dali, Trump teria passado uma lista de demandas e a Meta, aparentemente, tá fazendo essas mudanças na esperança de conseguir um apoio dele para enfrentar as restrições regulatórias de vários tipos.
A grande questão que resta é se essa transição pro Community Notes é realmente a melhor para os usuários ou se é algo que beneficia mais a empresa do que o público. Demorando ou não, é possível que a Meta leve bastante tempo para fazer essa mudança de verdade fora dos Estados Unidos. E, olha, podem ser até quatro anos até isso acontecer!