O que é a hepatite E?
A hepatite E é uma inflamação do fígado, causada pelo vírus HEV. Na maioria dos casos, a infecção não gera sintomas, especialmente em crianças. No entanto, algumas pessoas podem ter febre leve, falta de apetite, náuseas ou dor abdominal.
O vírus da hepatite E se espalha quando as pessoas consomem água ou alimentos contaminados. A boa notícia é que, em geral, a infecção é passageira e o corpo consegue combatê-la sem ajuda externa. Contudo, se o sistema imunológico da pessoa estiver debilitado, a hepatite E pode se tornar uma condição crônica.
Tratamento da hepatite E
Se você suspeita que está com hepatite E, o ideal é procurar um hepatologista, um clínico geral ou um pediatra. O tratamento geralmente conta com repouso, muita hidratação e boas práticas de higiene, especialmente com os alimentos que você consome.
Sanitar um lugar com boas condições de higiene ajuda a evitar a contaminação por esse vírus. Então, pode ser bem útil ter cuidado, principalmente em locais onde o saneamento não é dos melhores.
Sintomas de hepatite E
Os sintomas mais comuns da hepatite E incluem:
- Febre leve
- Cansaço excessivo
- Falta de apetite
- Dor no abdômen ou nas articulações
- Mal-estar, vômito e diarreia
- Coceira
- Icterícia (pele e olhos amarelados)
- Urina escura e fezes claras
É importante notar que, enquanto as crianças geralmente não apresentam sintomas, os adultos podem ter sintomas leves que duram entre 1 e 6 semanas. Na gravidez, os sintomas podem ser mais intensos e causar sérios riscos.
Hepatite E na gravidez
As gestantes estão mais vulneráveis à hepatite E, especialmente no último trimestre. Quando isso acontece, o risco de falência hepática aumenta, resultando em uma taxa de mortalidade acima do normal.
Além disso, uma mulher grávida que contrai hepatite E também pode enfrentar a possibilidade de um parto prematuro. Compreender os riscos é essencial para evitar complicações maiores.
Confirmando o diagnóstico
Para identificar a hepatite E, o médico analisa os sintomas e a história de saúde do paciente, como viagens a regiões com saneamento precário. Para uma confirmação definitiva, o médico pode solicitar exames que busquem anticorpos contra o vírus da hepatite E em uma amostra de sangue.
Outro teste que pode ser indicado é o RT-PCR, que detecta o vírus diretamente em amostras de sangue ou fezes. Os especialistas também podem pedir exames que verifiquem a função hepática, como bilirrubina e enzimas do fígado.
Transmissão do vírus
A hepatite E é transmitida principalmente de forma fecal-oral. Isso significa que a água ou alimentos contaminados pelas fezes de uma pessoa infectada podem transmitir a doença. Após a ingestão, o vírus atinge o fígado, causando a infecção.
Além da ingestão de água ou alimentos contaminados, a hepatite E também pode ser transmitida através do contato com pessoas infectadas, mas isso é mais raro. Outras formas de transmissão incluem o consumo de carne mal cozida, transfusões de sangue ou transmissão da mãe para o bebê durante a gravidez.
Como é feito o tratamento
Como a hepatite E é uma infecção autolimitada, a maioria dos casos se resolve sozinha em cerca de 6 semanas. O tratamento inclui repouso, boa alimentação e hidratação. No entanto, para pessoas com sistema imunológico comprometido, pode ser necessário o uso de medicamentos, como ribavirina.
Se a pessoa estiver fazendo uso de medicamentos imunossupressores, um acompanhamento médico constante é recomendável. Isso é especialmente importante durante o tratamento, pois alguns medicamentos podem prejudicar ainda mais o fígado.
Se a gestante apresentar uma forma mais grave da doença, pode ser necessário internamento para monitoramento.
A hepatite E tem cura?
Sim, a hepatite E aguda se cura sozinha em pessoas com um sistema imunológico saudável, porque o corpo consegue produzir anticorpos para eliminar o vírus. No entanto, em indivíduos com imunidade comprometida, a hepatite E pode se tornar crônica e causar complicações sérias.
Prevenção da hepatite E
Atualmente, não existe vacina para hepatite E, pois a doença é considerada de bom prognóstico e rara no Brasil. A principal forma de prevenção é a higiene, como lavar as mãos após ir ao banheiro e antes de comer, usar água filtrada ou fervida para beber e preparar alimentos, além de cozinhar bem as carnes.
Complicações possíveis
Apesar de a hepatite E ser autolimitada, algumas pessoas podem sofrer complicações como:
- Hepatite crônica
- Cirrose hepática
- Insuficiência hepática aguda
- Icterícia
- Polirradiculopatia inflamatória
- Síndrome de Guillain-Barré
- Inflamação no cérebro
- Problemas na coordenação motora
Por isso, o acompanhamento médico é importante para detectar e tratar quaisquer fatores de risco para complicações que possam surgir.