O senador Rodrigo Pacheco, do PSD de Minas Gerais, decidiu continuar no Senado e não aceitar um cargo no ministério do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em uma reunião recente em Brasília, Pacheco afirmou que pretende cumprir o seu mandato no Senado, que ainda tem dois anos pela frente.
Este encontro aconteceu durante um almoço no Palácio da Alvorada, no sábado, dia 15, e contou também com a presença do atual presidente do Senado, Davi Alcolumbre, que é aliado de Pacheco. Durante a conversa, Lula questionou sobre os planos do senador, mas não fez uma oferta concreta para que ele assumisse um cargo no governo. Pacheco deixou claro que deseja contribuir com o governo a partir do Senado.
O senador destacou a importância de se envolver em projetos legislativos, mencionando especificamente sua proposta de atualizar o Código Civil. Lula concordou com a decisão de Pacheco e reconheceu o papel dele como um aliado estratégico, especialmente nos primeiros dois anos de sua administração. Esse foi o primeiro diálogo entre os dois sobre esse assunto desde que Pacheco deixou a presidência do Senado.
Pacheco também havia passado um período nos Estados Unidos antes de voltar a suas atividades legislativas em Brasília. Lula tinha interesse em contar com Pacheco no ministério para fortalecer a influência do governo no Senado e em Minas Gerais, um estado que é considerado vital para as eleições presidenciais.
Desde abril do ano passado, Lula vinha conversando com seus aliados sobre a possível nomeação de Pacheco para o governo. Essas discussões ganharam mais intensidade nos últimos meses, especialmente em meio a reformas ministeriais. No entanto, incertezas sobre as mudanças na equipe de Lula dificultaram a transição de Pacheco para o governo federal.
Alguns aliados de Pacheco sugeriram que ele poderia assumir ministérios importantes, como o Ministério da Justiça ou o Ministério do Desenvolvimento, que atualmente são liderados por Ricardo Lewandowski e o vice-presidente Geraldo Alckmin. A reforma ministerial do governo Lula ainda está em andamento, com algumas mudanças já ocorrendo em áreas como a Secretaria de Comunicação e o Ministério da Saúde.
Além disso, Lula expressou o interesse de que Pacheco dispute o governo de Minas Gerais em 2026, com o apoio do partido. Essa iniciativa visa fortalecer as alianças políticas e criar uma base para uma possível candidatura de Lula à reeleição. Apesar disso, Pacheco mostrou hesitação em relação a essa proposta, afirmando que não está interessado em se candidatar ao governo estadual.
Na reunião, Pacheco se comprometeu a considerar a proposta de candidatura e a trabalhar na construção de alianças políticas em Minas Gerais para fortalecer o apoio ao nome de Lula. Contudo, até o momento, ele não tomou uma decisão sobre se irá concorrer a algum cargo em 2026.