Em entrevistas de emprego, há perguntas que os empregadores não podem fazer legalmente, mas isso não impede que elas ocorram. Muitas pessoas que já passaram por entrevistas provavelmente foram questionadas de forma inadequada.
Essas perguntas ilegais podem surgir por falta de treinamento dos entrevistadores ou, em alguns casos, por preconceito intencional. Em ambos os casos, essas indagações não são apropriadas e não têm lugar em um processo seletivo. Aqui estão cinco perguntas comuns que não devem ser feitas e como os candidatos podem lidar com elas.
- Qual a sua idade?
Perguntar sobre a idade do candidato é uma prática ilegal. Alguns entrevistadores podem fazer isso acreditando que a aparência jovem indica falta de experiência, enquanto outros podem temer que candidatos mais velhos não consigam acompanhar as novas tecnologias ou a cultura da empresa. Em vez de responder diretamente, o candidato pode redirecionar a conversa, dizendo: “Prefiro focar nas minhas qualificações e no valor que posso trazer para esta função. Tenho X anos de experiência na área e estou à disposição para detalhar isso”.
Dica: ao preparar o currículo, o candidato pode omitir a data de nascimento e o ano de formatura para evitar discriminação relacionada à idade.
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Você é casado(a)?
Perguntas sobre estado civil são pessoais e também ilegais. Às vezes, o entrevistador pode se perguntar se precisa pagar um salário maior caso o candidato tenha um cônjuge que trabalha, ou se pode ficar preocupado com distrações relacionadas à vida pessoal. A melhor maneira de responder é dizer: “Prefiro manter minha vida pessoal em privado, mas adoraria discutir como minhas habilidades e experiência se alinham com as necessidades dessa vaga”. -
Você tem filhos?
Essa pergunta pode ser feita para tentar avaliar se o candidato terá tempo suficiente para se dedicar ao trabalho, mas ainda assim é inadequada. Se um entrevistador faz essa pergunta, é possível que ele esteja tentando criar uma conversa informal, mas isso não é justificativa. A conversa deve ser mantida em temas neutros, como clima ou atualidades. O candidato também pode escolher compartilhar essa informação, se desejar. -
De onde você é?
Perguntas sobre origem, sotaque, ou língua falada em casa são proibidas. Às vezes, um entrevistador pode tentar fazer uma conversa informal, mas isso pode rapidamente se tornar impróprio se insinuar sobre etnia ou nacionalidade. O candidato pode responder: “Estou animado com a possibilidade de trabalhar aqui e gostaria de me concentrar na minha experiência profissional, que inclui (experiência relevante)”. - Qual é a sua religião?
Perguntar sobre religião é ilegal, e normalmente essa questão não surge naturalmente em uma entrevista. O candidato pode perguntar sobre feriados da empresa, ao que o entrevistador pode responder a respeito, sem entrar em questões sobre crenças pessoais. Se um entrevistador fizer esse tipo de pergunta, é um sinal de alerta.
Se alguém enfrenta perguntas inadequadas durante uma entrevista, é importante permanecer calmo e profissional, redirecionando a conversa para as próprias qualificações. Se as perguntas forem persistentes ou claramente discriminatórias, o candidato deve documentar o ocorrido e considerar relatar à área de Recursos Humanos, ou até registrar uma queixa no órgão de proteção ao trabalho.
Em resumo, as habilidades, experiências e qualificações dos candidatos são o que realmente importa, e não informações pessoais que não têm relação com a função que estão buscando.