Um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) está sendo acusado de tentar influenciar as eleições no Senado, conforme reportado em um jornal. Segundo a matéria, esse ministro tem conversado com governadores para convencê-los a se candidatar ao Senado, com o objetivo de impedir que o ex-presidente Jair Bolsonaro consiga uma maioria nessa casa legislativa.
O texto não revela o nome do ministro, mas destaca que sua atuação é claramente política. Isso gerou bastante repercussão nas redes sociais, pois muitos consideram que é inadequado para um membro do STF agir dessa forma. A Constituição e a legislação brasileira, especialmente o Estatuto da Magistratura, proíbem que juízes se envolvam em atividades políticas. A Lei dos Crimes de Responsabilidade também menciona que essa conduta é passível de punição, podendo levar a uma cassação de cargo.
O advogado constitucionalista Andre Marsiglia comentou sobre a situação, citando que o artigo 39 da Lei de Impeachment proíbe um ministro do STF de desempenhar atividades políticas incompatíveis com sua função. Segundo ele, um governador poderia formalizar uma denúncia contra o ministro, mas acredita que isso não acontecerá, pois tanto os governadores quanto o ministro acreditam estar agindo em prol da democracia.
O ex-presidente Jair Bolsonaro se manifestou sobre esse assunto ao compartilhar um post de Rogério Marinho, um senador que também criticou a ação do ministro. Marinho mencionou que a separação e a independência dos poderes é um princípio fundamental da democracia e que a atuação política dos ministros do STF está causando um desequilíbrio no sistema democrático.
Outros comentários nas redes sociais também apontam para a gravidade da situação, afirmando que seria um escândalo em qualquer outro país que um ministro do STF estivesse se envolvendo em atividades político-partidárias. Além disso, há preocupações sobre a imparcialidade do ministro, caso ele venha a participar de julgamentos relacionados a Bolsonaro.
Essas ocorrências estão criando um debate intenso sobre o papel dos ministros do STF e os limites de suas atuações em um ambiente político cada vez mais polarizado.