O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na sexta-feira, dia 7, que cortou aproximadamente US$ 400 milhões em subsídios federais destinados à Universidade Columbia, localizada em Nova York. Essa decisão foi tomada devido à inatividade da universidade em relação ao assédio persistente que estudantes judeus têm enfrentado em seu campus.
Recentemente, o Grupo de Trabalho Conjunto para Combater o Antissemitismo, que inclui representantes de várias agências governamentais, como o Departamento de Justiça, o Departamento de Saúde e Serviços Humanos, o Departamento de Educação e a Administração de Serviços Gerais, havia comunicado à Universidade Columbia que realizaria uma revisão completa dos subsídios e contratos federais que a instituição mantém.
A secretária de Educação, Linda McMahon, justificou o corte afirmando que a universidade não tem cumprido as leis federais que proíbem a discriminação. Em sua declaração, McMahon destacou que, desde o início de outubro de 2023, estudantes judeus na instituição têm experimentado violência, intimidação e assédio antissemitas, sem que as autoridades da universidade atuassem para proteger esses alunos. Ela ressaltou que as universidades precisam cumprir as leis antidiscriminação para receber fundos federais e que a Universidade Columbia falhou nesse aspecto, demonstrando uma falta de compromisso com a segurança e o bem-estar dos alunos.
Em um relatório publicado em agosto de 2024, a própria universidade reconheceu que estudantes judeus foram alvos de perseguições e assédios durante protestos pró-palestinos que ocorreram no campus. Esses protestos, que se intensificaram no contexto do conflito entre Israel e o grupo Hamas, geraram um ambiente hostil para muitos alunos. A então presidente da universidade, Nemat “Minouche” Shafik, renunciou ao cargo meses após o início dessas manifestações, tornando-se a primeira mulher a liderar a instituição em seus 270 anos de história.
O documento que abordou atos antissemitas na Columbia inclui relatos de mais de 500 estudantes que compartilharam suas experiências de assédio em salas de aula, dormitórios e redes sociais. As manifestações e os conflitos que se seguiram tiveram repercussões em diversas universidades dos Estados Unidos.
Após o anúncio do governo de Trump sobre o corte de verbas, a Universidade Columbia se declarou disposta a cooperar para reverter essa situação. Um porta-voz da instituição afirmou que estão revisando as diretrizes das agências federais e que pretendem trabalhar junto ao governo para restaurar o financiamento federal. A universidade enfatizou seu compromisso em levar a sério suas obrigações legais e em combater o antissemitismo, garantindo a segurança e o bem-estar de todos os alunos, professores e funcionários.