A situação entre Israel e o Hamas ganhou novos contornos com a entrega dos corpos dos irmãos Kfir e Ariel Bibas, além de sua mãe, Shiri Bibas. O pai, Yarden, foi entregue vivo no início do mês. Essa trágica história começou no dia 7 de outubro de 2023, quando a família foi sequestrada por membros do Hamas que invadiram sua casa e levaram os quatro para Gaza. A invasão resultou em assassinatos e sequestros de civis israelenses.
O Hamas alegou, um mês após o sequestro, que Israel havia matado a família em um ataque aéreo, mas essa informação não foi confirmada pelo Exército de Israel. Recentemente, houve a entrega dos corpos em um evento que chocou muitos. Os corpos de Shiri, Kfir (que tinha apenas 1 ano) e Ariel (4 anos) foram entregues em caixões pretos, junto com o corpo de Oded Lifshitz. O ato foi realizado perto de um cemitério, onde os corpos estavam enterrados.
Durante a cerimônia, o Hamas fez uma exibição grotesca, colocando fotos dos reféns em cima dos caixões e adicionando mensagens de propaganda. Eles responsabilizaram Israel pela morte dos reféns, utilizando imagens e símbolos para reforçar sua narrativas. A figura do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, foi caricaturada de maneira negativa, e os mortos foram apresentados em um contexto dramático.
Kfir e Ariel, que eram crianças pequenas, se tornaram símbolos de sofrimento nesse conflito. Um vídeo que mostra a família antes do sequestro, especialmente a mãe abraçando os filhos, tocou o coração de muitos e gerou comoção. A dor da perda foi amplamente manifestada em Israel, sendo motivo de luto nacional.
Além disso, alguns dos terroristas do Hamas, que deveriam estar em outro país conforme acordos de paz, participaram da cerimônia. Um deles, Mohammed Abu Warda, é um dos criminosos mais procurados, condenado por ser responsável pela morte de 45 israelenses em atentados na década de 90.
Segundo informações da imprensa israelense, os caixões foram entregues trancados, e ninguém tinha as chaves para abri-los. Antes da entrega, foi necessário garantir que os caixões não continham explosivos, uma preocupação que reflete a tensão atual entre os dois lados.
O presidente de Israel, Isaac Herzog, expressou seu pesar pela situação, pedindo desculpas em nome do estado. Ele lamentou a incapacidade de proteger a família naquele dia trágico. A memória dos falecidos foi reverenciada, gerando um profundo sentimento de luto em todo o país e ressaltando a gravidade do sofrimento causado por esse conflito prolongado.