A Apple apresentou o iPhone 16e na quarta-feira, confirmando muitos rumores sobre o “iPhone SE 4” que circulavam antes do lançamento. O aparelho tem um visual semelhante ao iPhone 14, mas traz especificações de ponta do iPhone 16 e 16 Plus, permitindo que ele use a Apple Intelligence imediatamente.
O preço não é tão baixo quanto alguns esperavam, mas também não é surpresa. Por R$ 599, o cliente leva para casa um dispositivo que é muito melhor que o iPhone 14, que já saiu do portfólio da Apple. O iPhone 16e é uma escolha superior ao iPhone 15, que não suporta Apple Intelligence e custa R$ 100 a mais.
O iPhone 16e vem com algumas limitações esperadas. Por exemplo, tem um notch na parte superior em vez do recurso Dynamic Island. Ele também possui uma câmera única, ao invés de duas, e não tem botão de Controle de Câmera. Um ponto inesperado é que o iPhone 16e, mesmo não sendo da linha SE, não suporta MagSafe.
Apesar disso, o iPhone 16e aceita carregamento sem fio, uma função presente em todos os iPhones lançados desde a série iPhone X/8. A parte de trás de vidro permite o carregamento sem fio, mas, como não tem ímãs, não é compatível com carregadores e acessórios MagSafe, o que poderia melhorar a velocidade de recarga.
A Apple lançou o MagSafe em 2020, com a série iPhone 12. Desde então, todos os iPhones têm essa tecnologia, que aumentou a velocidade de carregamento de 7,5W em modelos sem imãs para 15W em modelos com imãs. No ano passado, a Apple até melhorou a velocidade de carregamento sem fio do iPhone 16 para 25W.
Por ser da série iPhone 16, era de se esperar que o iPhone 16e tivesse as mesmas velocidades de carregamento MagSafe. Mesmo que a Apple decidisse dar outro nome, seria normal esperar que o modelo intermediário tivesse essa funcionalidade.
Ainda assim, é importante notar que a velocidade de carregamento MagSafe do iPhone 16 é teoricamente mais rápida que os 20W do carregador USB-C que a Apple lista em seu site. Na prática, iPhones têm suportado velocidades de carregamento mais rápidas do que 20W há anos, mesmo antes da mudança do conector Lightning pelo USB-C.
Como os outros modelos, o iPhone 16e suportará velocidades de carregamento via USB-C que devem ser acima de 20W. O USB-C é uma alternativa sempre boa ao carregamento sem fio, seja com MagSafe ou não.
Uma possibilidade é que a Apple quisesse criar o iPhone 16e com o melhor custo-benefício, cortando os custos de fabricação. E pode ser que a remoção do MagSafe tenha feito parte disso.
Outra hipótese, ainda sem confirmação, é que o carregamento MagSafe poderia criar interferência no sinal do novo modem C1 da Apple, segundo rumores que circulam no mercado. Se isso for verdade, os fabricantes de acessórios vão precisar adaptar as capas do iPhone 16e, tirando os ímãs.
A Apple também usará seus modens da série C em outros iPhones, incluindo o iPhone 17 Air, previsto para setembro. Será interessante ver se esse modelo ultrafino suportará o MagSafe.
Se realmente a questão dos ímãs for interferência no sinal, a Apple precisará resolver isso antes de poder usar seus chips da série C em mais iPhones. A ideia de retirar o MagSafe de mais iPhones não parece crível nesse momento.
Vale lembrar que, assim que o iPhone 16e chegar às lojas, especialistas em reparo, como o iFixit, vão desmontar o aparelho. Eles vão explicar as diferenças entre o iPhone 16e e outros modelos de 6,1 polegadas e também devem comentar sobre a ausência do suporte ao MagSafe.
O iPhone 16e chega como uma opção interessante no mercado, unindo um preço competitivo a especificações tecnológicas avançadas. Contudo, suas limitações, como a falta de recursos premium e suporte a MagSafe, geram discussões sobre suas funcionalidades e a decisão da Apple de deixar esses recursos de fora.
Se você está pensando em trocar de celular ou comprar um novo, o iPhone 16e apresenta-se como uma boa escolha. Fique de olho nas novidades, pois o mercado de smartphones está sempre mudando e prometendo trazer surpresas.