Padre é preso após condenação por estupro em Goiás
Neste sábado, 15 de fevereiro de 2025, um padre foi preso na cidade de Aruanã, na região Noroeste de Goiás, após ser condenado por estupro. A prisão de Ricardo Campos ocorreu em cumprimento a uma decisão judicial e estava dentro das atribuições de qualquer autoridade policial.
Logo após a prisão, uma equipe da Polícia Militar levou o padre a um hospital para a realização de um exame médico. Depois que os procedimentos médicos foram concluídos, ele foi encaminhado à Polícia Penal de Mozarlândia, onde deverá cumprir uma pena de 9 anos e 4 meses em regime fechado, conforme estabelecido pelo Tribunal de Justiça de Goiás.
A vítima do crime, o jovem João Vitor Canelas de Accioly, falou sobre o caso em uma entrevista. Ele expressou um grande alívio após a prisão do padre, destacando o apoio que recebeu de amigos e familiares durante os anos que se passaram desde o ocorrido. "É uma sensação de alívio tremenda porque são anos atrás de colocar o Ricardo atrás das grades", afirmou João Vitor. Ele também mencionou a dificuldade que enfrentou, inclusive problemas de depressão, que afetaram sua vida pessoal e profissional.
O crime aconteceu em fevereiro de 2017, quando João Vitor tinha apenas 18 anos. Naquele período, ele estava em uma viagem missionária com sua família em Goiás. Como seus parentes eram mais velhos, ele dirigia o próprio carro, que o levou a Nova Crixás, onde ficou hospedado na residência do padre por cinco dias.
Na última noite de sua estadia, João Vitor saiu do banho e foi chamado pelo padre para uma conversa na sala. Durante essa conversa, o padre fez comentários sexuais e ofereceu a ele um suco de uva, que João acredita ter sido adulterado, pois, após consumi-lo, ele perdeu a consciência. O jovem contou que se lembrou de ter sido tocado pelo padre em suas partes íntimas em três ocasiões. Ao acordar no dia seguinte, ele notou que seu short estava folgado e molhado.
A prisão do padre marca um desfecho importante neste caso, que impactou a vida de João Vitor e suas relações nos últimos anos. A persecução da justiça nesse caso reflete a importância de abordar e punir a violência sexual de forma rigorosa.