A síndrome de Guillain-Barré é uma doença autoimune. Nela, o próprio sistema imunológico ataca os nervos do corpo, causando inflamações. Isso gera sintomas como fraqueza ao mover pernas e braços, formigamentos e, em casos sérios, dificuldades respiratórias que podem ser fatais.
É crucial que a síndrome de Guillain-Barré seja reconhecida rapidamente por um neurologista ou clínico geral. Exames como eletroneuromiografia e punção lombar podem ser solicitados para confirmar o diagnóstico. A identificação precoce pode ser fundamental para evitar complicações.
Se houver suspeita da síndrome, é importante visitar um neurologista. O tratamento pode incluir a administração de imunoglobulina ou plasmaférese, que ajudam na recuperação dos nervos.
Principais Sintomas
Os sintomas mais comuns da síndrome de Guillain-Barré são:
- Dificuldade para mover pernas ou braços.
- Paralisia facial.
- Dificuldade para falar ou engolir.
- Falta de ar.
- Sensações de dor, formigamento ou queimação nas áreas afetadas.
- Aceleração dos batimentos cardíacos.
- Pressão arterial instável.
- Problemas para controlar a urina e as fezes.
Os sintomas costumam começar pelas pernas e podem piorar rapidamente, dificultando a locomoção e a realização de atividades do dia a dia. Em algumas semanas, pode atingir braços, face e outras regiões.
Nos casos graves, a afetar órgãos vitais, como os nervos que controlam a respiração e a pressão arterial, pode haver risco de vida devido a problemas respiratórios e arritmias.
Diagnóstico
A confirmação do diagnóstico geralmente envolve um neurologista que analisa os sintomas do paciente. Em alguns casos, serão realizados exames como punção lombar, ressonância magnética e eletroneuromiografia, que avalia a atividade dos nervos e músculos. Esses exames ajudam a entender melhor a situação e definir o melhor tratamento.
Os pacientes com a síndrome normalmente precisam ficar internados para receber atenção e acompanhamento contínuo, já que a evolução da doença pode ser rápida e o risco de complicações é alto.
Causas da Síndrome
A síndrome de Guillain-Barré geralmente acontece como resposta do corpo a infecções. O sistema imunológico produz anticorpos que, esporadicamente, atacam os nervos. O risco de desenvolver a síndrome é maior após infecções por vírus como:
- Zika
- Influenza A
- Haemophilus influenzae
- Campylobacter jejuni
Com a pandemia da COVID-19, alguns casos de Guillain-Barré foram associados, mas isso é considerado raro e não há uma relação direta estabelecida entre as duas doenças.
Tratamento
O tratamento para a síndrome de Guillain-Barré deve ser orientado por um neurologista e pode incluir diversas abordagens:
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Plasmaférese: Esse tratamento envolve a filtração do sangue para eliminar substâncias que possam agravar a doença. O intuito é remover anticorpos que prejudicam os nervos, permitindo que o corpo gere novos anticorpos saudáveis.
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Imunoglobulina: Trata-se da injeção de anticorpos que combatem os anticorpos nocivos, ajudando a aliviar os sintomas da síndrome.
- Fisioterapia: A fisioterapia é essencial para ajudar na recuperação muscular e respiratória. Geralmente, os pacientes são orientados a passarem pelo tratamento após a alta hospitalar, com foco em recuperar a mobilidade e força.
Sinais de Melhoras e Pioras
Os sinais de melhora na síndrome de Guillain-Barré costumam aparecer até quatro semanas após o início dos sintomas. No entanto, se o tratamento adequado for iniciado, a recuperação pode ocorrer até antes disso. A melhora é muitas vezes vista na forma de retorno gradual da força muscular.
Por outro lado, a piora da condição é comum em quem não recebe tratamento adequado. Essa deterioração, que tende a ocorrer nas semanas seguintes ao aparecimento dos sintomas, pode trazer dificuldades para respirar e mudanças bruscas de pressão arterial.
Após o tratamento, é possível que alguns sintomas, como cansaço e formigamento, continuem por vários anos. Contudo, a maioria das pessoas consegue voltar a andar sem ajuda em até seis meses.
É essencial buscar orientação médica ao notar os sintomas para obter o diagnóstico e tratamento adequados, aumentando as chances de recuperação completa.