quarta-feira, 24 de dezembro de 2025
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Eleições 2026: Caiado se despede, mas mantém controle em Goiás

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[email protected] EM 24 DE DEZEMBRO DE 2025, ÀS 20:13

Após oito anos no comando do governo de Goiás, Ronaldo Caiado, do União Brasil, se mantém como uma figura central nas articulações para as próximas eleições. Ele planeja concorrer à Presidência da República e, ao mesmo tempo, está focado na escolha de seu sucessor e na formação do novo Senado do Estado. De acordo com uma pesquisa recente, Caiado é o governador mais bem avaliado do país.

Daniel Vilela, atual vice-governador e escolhido por Caiado para sua sucessão, lidera as intenções de voto para a próxima eleição, com 26%. Ele está seguido de perto por Marconi Perillo, ex-governador e líder do PSDB, que possui 22%. Em terceiro lugar aparece Wilder Morais, do PL, com 10%, embora ele ainda não tenha oficializado sua candidatura.

Vilela enfatiza a necessidade de continuar o trabalho iniciado por Caiado, afirmando: “Goiás quer seguir mudando e avançando, e é isso que vamos propor”. Ele entende que terá que enfrentar um desafio significativo para agradar a uma base política diversa. Os prefeitos, segundo ele, buscam resultados concretos, e é essencial que a confiança e o comprometimento com os municípios sejam evidentes.

Entretanto, especialistas em ciência política apontam que a aceitação de Vilela ainda pode ser limitada. O professor da Universidade Federal de Goiás, Guilherme Carvalho, ressalta que Vilela precisa se destacar mais, principalmente em questões de segurança pública e, possivelmente, adotar uma postura mais conservadora para atrair o eleitorado.

Do lado da oposição, Marconi Perillo se posiciona como um forte concorrente de Vilela. Ele carrega a experiência de ter sido governador por quatro mandatos e pretende utilizar seu histórico para ganhar votos, apesar de um desgaste acumulado ao longo do tempo. Perillo explica que sua rivalidade é principalmente com Vilela, e não com Caiado, enfatizando sua disposição em formar alianças políticas, mas sem pressa para confirmá-las.

Wilder Morais, por sua vez, é considerado uma ameaça significativa para Vilela. Carvalho comenta que Morais possui um estilo mais próximo ao de Caiado e poderia atrair votos da base do ex-presidente Jair Bolsonaro. A assessoria de Morais informa que o PL está trabalhando para alinhar uma chapa completa de candidatos, mas o senador não anunciou oficialmente sua candidatura até o momento.

No campo da esquerda, a deputada federal Adriana Accorsi, do PT, afirma que o partido terá sua própria candidatura, sem apoio a outros nomes que não se alinhem com o presidente Lula. Ela critica a gestão atual em educação e saúde, mas é otimista sobre o crescimento da popularidade de Lula no Estado.

A disputa pelo Senado também promete ser acirrada, com Gracinha Caiado, esposa do governador, sendo uma das favoritas. Ela tem se destacado por seu trabalho em assistência social e busca aumentar a presença feminina na política. Gustavo Gayer, do PL, é visto como um candidato forte que pode influenciar a candidatura de Vilela.

O ex-prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha, também confirmou sua intenção de concorrer ao Senado, tendo desistido de sua candidatura ao governo. Ele busca se apresentar como uma voz moderada da direita, com um foco em apoio a populações vulneráveis. Outros possíveis candidatos incluem Vanderlan Cardoso, Rubens Otoni e Major Vitor Hugo.

A complexidade e a diversidade dos candidatos nas eleições de Goiás indicam que a disputa será intensa, refletindo as tensões políticas e os interesses variados dentro do Estado.

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