quarta-feira, 24 de dezembro de 2025
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Goiás reformula gestão do transporte público

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[email protected] EM 24 DE DEZEMBRO DE 2025, ÀS 07:46

Na terça-feira, dia 23, a Câmara Deliberativa do Transporte Coletivo (CDTC) aprovou a Deliberação nº 21/2025, que muda a forma como o sistema de mobilidade urbana é gerido na Região Metropolitana de Goiânia. Essa nova medida visa fortalecer institucionalmente o colegiado, além de fazer ajustes administrativos e resolver questões financeiras relacionadas à revisão das tarifas do transporte coletivo.

A votação ocorreu durante a terceira reunião extraordinária do grupo. Na ocasião, a cidade de Goiânia votou contra a proposta com quatro votos, enquanto Senador Canedo também teve um voto contrário. Por outro lado, o estado de Goiás e o município de Aparecida de Goiânia somaram quatro votos a favor. Diante do empate, o presidente da CDTC, Adriano da Rocha Lima, que também é secretário-geral do governo do estado, teve o papel decisivo e votou a favor da aprovação.

Com a nova deliberação, o governo estadual ganha mais poder na coordenação do transporte coletivo na região, buscando garantir a sustentabilidade financeira do sistema e assegurar a continuidade das operações.

Essa decisão acontece juntamente com a aprovação, pela Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), de um projeto de lei complementar que propõe a reestruturação da CDTC e da Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC). O projeto revisa as normas que regulam a gestão compartilhada do transporte público e a organização administrativa do governo estadual.

Com as mudanças, a CDTC passará a contar com 15 conselheiros, um aumento significativo em relação aos 10 conselheiros atuais. Dentre os novos assentos, haverá dois para o Executivo, um para Goiânia, um para Aparecida de Goiânia e um para Senador Canedo, que agora terá presença permanente na CDTC. Os municípios de Trindade e Goianira manterão a participação por rodízio, conforme já era praticado.

Ademais, a CMTC terá sua estrutura reconfigurada, deixando de ser uma parte da administração municipal de Goiânia para se tornar uma empresa pública metropolitana, vinculada diretamente à Secretaria-Geral do Governo. A nova organização determina que a indicação do diretor-presidente da CMTC será feita apenas pelo Executivo estadual, enquanto o cargo de diretor de fiscalização será escolhido pelo município de Senador Canedo. A proposta também permite a criação da Superintendência de Operações Metropolitana, que terá um mandato técnico de dois anos, com alternância entre os municípios de Trindade e Goianira.

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