O fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado faleceu nesta sexta-feira, 23 de maio, aos 81 anos, em Paris, na França. A informação foi confirmada pelo Instituto Terra, organização ambiental que ele fundou ao lado de sua esposa, Lélia Deluiz Wanick Salgado. De acordo com fontes, Sebastião estava enfrentando complicações de malária, uma doença que contraiu na década de 1990.
Salgado é amplamente reconhecido como um dos fotógrafos mais influentes do Brasil e do mundo. Suas imagens, principalmente em preto e branco, abordam temas como o trabalho, a pobreza, os conflitos sociais e a relação do ser humano com a natureza. Seu olhar sensível e comprometido fez com que suas obras ainda fossem expostas em importantes galerias e publicadas internacionalmente.
Nascido em 1944 na cidade de Aimorés, em Minas Gerais, ele inicialmente estudou economia e trabalhou na área. Contudo, nos anos 1970, decidiu se mudar para a Europa e se dedicar à fotografia. Essa escolha transformou sua vida e sua carreira, permitindo que ele documentasse realidades diversas com profundidade e empatia.
Além da fotografia, Sebastião Salgado foi um defensor ativo da recuperação ambiental por meio do Instituto Terra. Essa organização foi criada por ele e Lélia com o objetivo de reflorestar áreas devastadas do Vale do Rio Doce, em Minas Gerais. O Instituto busca restaurar a natureza e promover uma nova relação entre as pessoas e o meio ambiente, realizando um trabalho que vai além da fotografia.
A importância de Sebastião Salgado é reconhecida ao longo de sua carreira, que foi marcada por prêmios e honrarias, como o Prêmio Príncipe das Astúrias, na Espanha, e exposições em grandes museus como o Louvre, em Paris, e a Tate Modern, em Londres. Seu legado continuará na memória visual do mundo e em seu compromisso com as causas sociais e ambientais.