As Forças de Defesa de Israel (FDI) anunciaram um plano militar que prevê um avanço considerável na Faixa de Gaza nos próximos três meses. Esse anúncio foi feito na quinta-feira, 22, e a meta é controlar entre 70% e 75% do território.
O objetivo principal do Exército israelense é procurar e eliminar membros do grupo Hamas, visando a destruição de sua infraestrutura militar. Isso inclui a destruição de túneis, depósitos de armas e centros de comando do grupo.
A estratégia militar envolve dividir a Faixa de Gaza em cinco áreas. Quatro dessas áreas serão utilizadas para ataques, enquanto a quinta ficará encarregada de proteger as regiões já conquistadas.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que as Forças de Defesa de Israel assumirão o controle total da Faixa de Gaza. Ele destacou que as operações têm como objetivo desmantelar a infraestrutura terrorista e que os civis serão realocados para áreas seguras no sul, buscando minimizar danos.
É importante mencionar que a operação poderá ser interrompida temporariamente se houver um acordo para libertação de reféns, como já sinalizaram autoridades militares. Além disso, o tenente-general Herzi Halevi, chefe do Estado-Maior das FDI, afirmou que as decisões sobre as operações dependerão das orientações do governo, especialmente em caso de avanços diplomáticos.
Recentemente, o modelo tático utilizado em Rafah, localizada no sul da Faixa de Gaza, será aplicado em outras áreas onde o Exército israelense avançar. O foco é eliminar a presença armada do adversário e desmantelar redes subterrâneas, depósitos de armas e centros de coordenação.
A situação humanitária em Gaza
Simultaneamente à operação militar, Israel tem promovido a movimentação da população do norte de Gaza em direção ao centro e ao sul da região. Isso é parte de um esforço que inclui a distribuição de ajuda humanitária, que será concentrada estas áreas.
Até o momento, foram criados quatro centros de apoio, sendo três no sul e um no centro, com capacidade aproximada para atender 300 mil pessoas em cada local. Outros quatro centros estão sendo planejados e devem começar a funcionar entre o final desta semana e o início da próxima.
Pressionados pelos Estados Unidos, caminhões com suprimentos começaram a entrar na Faixa de Gaza. Inicialmente, cinco caminhões chegaram no início da semana e, na sequência, o número aumentou para 93 na terça-feira e 100 na quarta. Mais carregamentos estão programados, conforme as informações das FDI.
Além disso, Israel expressou interesse em, com o apoio dos Estados Unidos, acelerar a transferência de parte da população palestina para fora da Faixa de Gaza, embora os detalhes dessa proposta ainda não estejam claros.