A China está se preparando para uma missão ambiciosa: coletar materiais do solo de Marte. Esse projeto, chamado Tianwen-3, está em fase de planejamento e deve ser lançado no final de 2028. Se tudo der certo, a China se tornará o primeiro país a trazer amostras do planeta vermelho para a Terra.
A jornada rumo a Marte não é nova para a China. Desde 2020, uma de suas sondas já está explorando a superfície marciana, marcando a primeira vez que o país conseguiu realizar uma viagem interplanetária. Apesar de ter um dos programas espaciais mais avançados do mundo, a China enfrenta desafios significativos, já que a distância entre a Terra e Marte pode levar meses para ser percorrida.
A cada 26 meses, há uma oportunidade de lançar missões entre os dois planetas, pois é nesse período que Marte e a Terra estão mais próximos um do outro. Essa proximidade acontece devido às diferentes órbitas que cada planeta realiza em torno do Sol. Enquanto a Terra completa uma volta em 365 dias, Marte leva cerca de 689 dias para completar a sua.
O trajeto até Marte é longo: cerca de 225 milhões de quilômetros, distância equivalente a quase 600 viagens à Lua. A expectativa é que a viagem leve cerca de seis meses. Porém, qualquer imprevisto pode aumentar significativamente o tempo de ida e volta. Desse modo, a missão exige planejamento e segurança, uma vez que uma falha poderia fazer com que a jornada se estendesse ainda mais.
Com essa iniciativa, a China demonstra seu empenho na exploração espacial, se unindo a outras nações que buscam entender melhor o que existe além da Terra.